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Fernando Daniel - Conversa Afinada
D.R.

“O Fernando Daniel que as pessoas ouvem continua, mas o disco é uma viragem”

É um dos mais acarinhados cantores da nova geração e recebeu-nos entre listening parties, onde um número restrito de fãs teve oportunidade de ouvir o novo álbum.

Time Out em associação com MEO
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Em mais uma Conversa Afinada, exploramos o percurso e percebemos a vontade de corresponder sempre a quem o acompanha. 

Quais é que são as expectativas para o novo álbum VHS? 

É um disco que tem novas influências e novos elementos. Aliás, são elementos retro, mas novos naquilo que tenho apresentado. Estamos a falar de influências dos anos 80 e 90. Depois do nascimento da minha filha, comecei a pensar em como seria a música na altura em que eu nasci, o que me deu um curto-circuito e me fez direccionar este disco. 

Mas há uma continuidade? 

Sim, e é uma coisa que quero deixar bem patente: o Fernando Daniel que as pessoas ouvem continua, mas o disco é uma viragem. O disco passa primeiro por músicas mais genéricas, letras da minha imaginação – excepto o “Casa”, que se tornou autobiográfico – e a partir do interlúdio entra num aspecto mais pessoal. 

Como é que decides que está na altura de lançar um novo álbum? 

Eu lancei o meu segundo álbum em plena pandemia, porque não sabia quanto tempo duraria e queria dar as canções aos meus fãs. Em 2020 pouco toquei, 2021 mais um bocadinho, e apercebo-me que o Presente não teve a vida que merecia. Faço uma reedição, o Mais Presente, e deixo o novo disco em stand by. Ficou 53 semanas nos tops, até que em Setembro de 2022 a tour começa a abrandar. Aí sim, senti que vivi o disco, e era altura de me focar em coisas novas. 

Fui para estúdio, comecei a escrever sobre o que se passou, a paternidade, o que muda nos relacionamentos com a chegada de um filho, e criei ainda uma música de agradecimento para os fãs. E assim surge o “VHS”. 

Qual é o verso que mais te orgulhas de ter escrito na vida? 

"Prometo limpar cada lágrima que cai, sempre que choras o meu coração também dói, agradecido eu e a tua mãe, por seres o nosso maior bem". Acho que é o verso que mais retrata a paternidade e aquilo que mudou na minha vida: que não há coisa mais especial do que um filho. É um verso cru, mas um dos mais sinceros. Se ela não está bem, eu também não estou.

É mais fácil cantares para ti próprio ou para milhares de pessoas? 

Prefiro cantar para muita gente do que estar a cantar para pouca, porque sinto que a pressão é menor. Mas ainda consigo esmiuçar mais: prefiro cantar para uma multidão do que estar sozinho a cantar no meu quarto. Sou muito autocrítico e perfeccionista, e se estiver sozinho, vou ouvir os meus erros. Numa multidão, com uma banda, dou menos importância aos erros e mais ao que estou a transmitir. 

És mentor no The Voice Kids. Sentes que teres estado do outro lado te dá mais responsabilidade? 

Acho que responsabilidade e consciência. Responsabilidade porque sinto que o que eu vou dizer vai ter realmente impacto, as crianças sabem que eu já estive do outro lado. Aquilo que lhes digo é que devem aprender ao máximo, lidar com a pressão do estúdio e do público em casa, das câmaras, e absorver o que o programa ensina.  

Qual é a lição mais importante que todas as pessoas devem saber? 

As dificuldades que nós encontramos na nossa vida não ditam rigorosamente nada. Nós estamos destinados a ser aquilo que quisermos. Basta querer, basta acreditar. E acho que fazer tudo com sorriso na cara é meio caminho andado para sermos pessoas felizes e fazermos os outros felizes. 

Qual foi a última música que ouviste no spotify? 

James Arthur, “years ago”. 

E a que ouves todos os dias? 

Provavelmente “Ó Rama, Ó Que Linda Rama”, para adormecer a Matilde.

Qual é o guilty pleasure musical? 

Funk. Qualquer funk, adoro. 

Tens de escolher só um: vinil, cd, cassete ou streaming? 

Tendo em conta que lancei um disco que se chama VHS, ia para a cassete. 

Playback: obrigatório, proibido ou quando necessário? 

Quando necessário, muito raramente, quase proibido. 

Se pudesses fazer um dueto com alguém, quem escolherias? 

Faria com, para mim, a melhor voz de todos os tempos: Freddie Mercury. 

Que música gostavas de ter sido tu a escrever? 

Diria talvez a “Fix You”. 

Como é que podemos ter o teu waiting ring? 

Para teres o meu novo single, “Casa”, basta ligares para o 12 255 ou activares neste link. 

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