O trompetista Peter Evans é mais um dos artistas internacionais que se encantou com Lisboa e cá decidiu instalar a base de operações. Não tem 13,9 milhões de seguidores no Instagram nem 18 milhões de “likes” no Facebook e não é de prever que as suas eventuais declarações de amor por Lisboa tenham eco nos media, mas, em contrapartida, é pouco provável que reclame 15 lugares de estacionamento ou faça questão de introduzir solípedes em venerandos palacetes. E é, sem dúvida, um dos nomes da linha da frente do jazz e música improvisada.
Na Galeria Zé dos Bois (ZDB), Evans irá orientar regularmente o “Som Crescente”, um concerto/ workshop em regime intensivo, que acolherá cinco a sete participantes e em que o “resultado” da “aprendizagem” assumirá a forma de concerto.
Na primeira edição, o “Som Crescente” terá a participação do baterista Gabriel Ferrandini, um dos nomes cimeiros da vanguarda musical nacional, como atestam o recente lançamento pela Clean Feed dos álbuns Volúpias (nascido de uma residência na ZDB) e Disquiet (com Ilya Belurukov) e a sua actividade enquanto membro de RED Trio, Motion Trio, Wire Quartet e Lisbon Freedom Unit.