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Peter Murphy
Photograph: Thomas Tadeus BakPeter Murphy

Peter Murphy na Aula Magna

Peter Murphy deu voz aos Bauhaus antes de se impor a solo como a luminária do rock gótico, inspirando a personificação do Sonho em Sandman, seminal banda desenhada de Neil Gaiman. Regressa à Aula Magna na segunda-feira

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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O ex-Bauhaus Peter Murphy é uma luminária do rock gótico. Com uma relação especial com o público português. Não é por acaso que está em Portugal pela terceira vez este ano. Recapitulemos: em Maio esgotou a Aula Magna e a Casa da Música, em Agosto foi um dos principais nomes do regressado festival Vilar de Mouros e agora está de volta. Sexta-feira tocou no Convento de São Francisco, em Coimbra; sábado foi ao Teatro Municipal da Guarda; domingo regressa à Casa da Música; e segunda volta à Aula Magna. É isto que nos interessa. 

A julgar pelos últimos concertos, e mais concretamente pela visita ao O2 Shepherd's Bush Empire, em Londres, no dia 8, estas dez canções vão ouvir-se em Portugal nos próximos dias.

Peter Murphy na Aula Magna

“Cascade”

Depois da digressão de apresentação do quarto álbum, Holy Smoke (1992), Peter Murphy despediu a sua banda, The Hunded Men, e juntou-se em estúdio ao belga Pascal Gabriel, com experiência na produção de música electrónica. “Cascade” é a faixa-título do disco que nasceu dessas sessões de gravação.

“The Secret”

Uma guitarra acústica e o barítono poético do britânico seguram o primeiro minuto de “The Secret”, antes de os outros instrumentos calmamente se juntarem à canção, uma sobra do álbum Ninth (2011), que tem sido uma parte integrante da digressão deste ano. 

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“All Night Long”

Love Hysteria, o segundo álbum de Peter Gabriel, abre com esta “All Night Long”, um lamento pop-rock que foi determinante para começar a apresentar o público americano à música de Peter Murphy – apesar de o verdadeiro sucesso só ter chegado passados dois anos, com o single “Cuts You Up”.

“Marlene Dietrich's Favourite Poem”

Não se sabe qual seria o poema favorito de Marlene Dietrich (1901-1992), diva alemã naturalizada americana, mas dificilmente seria este, publicado em 1989 por Peter Murphy. Um dos pontos altos do terceiro álbum a solo do britânico.

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“A Strange Kind of Love”

É uma das canções emblemáticas do cantor inglês e tem frequentemente marcado presença nas suas digressões ao longo da última década. Uma balada pesarosa e espaçosa, ancorada sobretudo na prestação vocal de Murphy.

“King Volcano” (Bauhaus)

Burning From the Inside está longe de ser o melhor disco dos Bauhaus. Peter Murphy estava doente durante as gravações e pouco tempo depois a banda separou-se. No entanto, “King Volcano” é uma canção notável com influências medievais.

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“Kingdom’s Coming” (Bauhaus)

Outra malha de Burning From the Inside. Uma canção folk gélida, com atmosfera gótica, que apesar de não ser exactamente memorável tem sido muito tocada este ano.

“Silent Hedges” (Bauhaus)

Rock gótico sem truques. Apesar de não ser sequer a melhor canção do álbum The Sky’s Gone Out (essa é “All We Ever Wanted Was Everything”, obviamente), “Silent Hedges” costuma ouvir-se nos concertos a solo de Peter Murphy desde os anos 90.

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"Gaslit"

Outro lado B de Ninth, repescado para o EP The Secret Bees of Ninth e frequentemente tocado ao vivo. Uma canção pop negra e atmosférica.

"Lion"

A faixa-título do décimo álbum em nome próprio de Peter Murphy é uma canção asfixiante, envolta em negrume industrial. Foi produzida por Martin Glover, vulgo Youth membro-fundador dos Killing Joke, veteranos do pós-punk e precursores do rock industrial.

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