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Rudolf Buchbinder

  • Música, Clássica e ópera
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A Time Out diz

O pianista Rudolf Buchbinder e a Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Lawrence Foster, propõem, em dias consecutivos, duas articulações gémeas de obras de Brahms e Stravinsky, aliando um concerto do primeiro a uma sinfonia do segundo. Quinta ouve-se o Concerto n.º1 de Brahms e a Sinfonia em Três Andamentos de Stravinsky. Sexta é a vez do Concerto n.º2 de Brahms e a Sinfonia em dó maior de Stravinsky.

Os dois concertos para piano de Brahms são obras centrais do repertório. O n.º1 teve génese tortuosa: começou por ser uma sinfonia que, por Brahms se sentir inseguro quanto aos seus dotes de orquestrador, foi desenvolvida como arranjo para dois pianos que, em 1858, acabou por desembocar no concerto que conhecemos. A excelência da obra não deixa adivinhar as hesitações na sua gestação e o Concerto n.º2, estreado em 1881, é ainda mais conseguido.

A Sinfonia em Três Andamentos e a Sinfonia em dó maior de Stravinsky datam do período americano do compositor, tendo estreado em 1940 e 1946, respectivamente. A Sinfonia em dó maior remete para o mundo de Haydn e Beethoven; a Sinfonia em Três Andamentos teve génese tão tortuosa como a do Concerto n.º1 de Brahms: nasceu como concerto para piano e harpa e o II andamento recicla música originalmente destinada à banda sonora do filme The Song of Bernadette (1943), sobre a aparição de Nossa Senhora em Lourdes.

Entre os pontos altos da discografia de Buchbinder estão os cinco concertos de Beethoven (que tocou em 2013 na Gulbenkian) com a Filarmónica de Viena, na Sony; a obra integral para piano solo de Beethoven, na Teldec/Warner (15 CDs); os concertos de Brahms com a Royal Concertgebouw e Harnoncourt. Não lhe faltam, pois credenciais para este duplo programa.

Escrito por
José Carlos Fernandes

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