Snow Patrol
D.R.

Um cartaz nota 20

É caso para falar em maré cheia: o cartaz do MEO Marés Vivas está recheado de grandes nomes internacionais e com os maiores talentos de Portugal. São três dias em que o rumo é sempre Vila Nova de Gaia.

Time Out em associação com MEO
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Dó, Ré, Mil planos para dia 19

O primeiro dia de festival começa com uma enchente de talentos portugueses, prontos para levantar ondas no Palco MEO. O cartaz tem, ainda assim, influências internacionais, dignas de realeza. Os Take That habituaram o público a esperar o inesperado. Desde os anos 90 que se cimentaram como grande banda britânica, o que nunca os impediu, para mal dos fãs, de fazer pausas mais ou menos prolongadas que dão sempre origem a regressos muito esperados. Em Portugal, antecipa-se um público caloroso que continua fiel aos hits intemporais. E se falamos em nome memoráveis para o público português, saltamos já para a sobremesa: os D’ZRT são a banda de eleição para a geração Morangos com Açúcar e, 20 anos depois, continuam a criar o mesmo impacto nos adultos que com eles cresceram. Todos, sem excepção, continuam a “Querer Voltar” à banda da adolescência. A música segue com D.A.M.A, a banda que se reinventa a cada música e que deixa sempre vontade de ouvir mais. O trio que conta sucessos com cada single sobe ao palco MEO para “Loucamente” deixar o público a sentir- se em “Casa”. O primeiro dia do grande palco fecha com SYRO, o versátil músico que, com o último álbum, se pôs de coração aberto para o público que o acompanha. São esperados sucessos de 11 11 ao longo da noite, com “Dor de Amar” e “Podia Jurar” nos tops de pedidos.

Fá, Soltem-se as vozes no dia 20 

Alargam-se horizontes no segundo dia do palco principal, com nomes de peso dos quatro cantos do mundo e dos géneros musicais. Ben Harper faz o caminho transcontinental para os saudosistas dos êxitos dos anos 90 e da carreira de sucesso que o faz correr mundo, uma e outra vez. A música segue com James Arthur,o prodígio do X Factor britânico que deu aos românticos músicas como “Impossible”, “Say You Won’t Let Go” e o dueto com Anne Marie “Rewrite The Stars”. O cantor que já fez parelha com outras estrelas e que acumulou sucessos, Rag’n’Bone Man, vem ao MEO Marés Vivas para provar que é only “Human”, mas com muito na bagagem. O cartaz fecha em grande talento, com Marisa Liz, a voz que se consagrou com os Amor Electro e que faz agora carreira a solo. Depois da surpreendente “Guerra Nuclear”, com uma participação especial de António Variações, o álbum trouxe ainda “Olha lá” e “Foi assim que Aconteceu”. Talvez as primeiras palavras que use para contar o concerto.

Lá, Sim, acabamos em grande a 21 

O mundo divide-se em quem sabe de cor a letra de “Chasing Cars” e quem nunca viu Anatomia de Grey. Os Snow Patrol são uma das bandas predilectas dos fãs, mas há mais hits para além deste: “Run” e “Signal Fire”, por exemplo. O último dia promete emoções do primeiro ao último segundo, com Louis Tomlinson a dar ao público toda a energia e emoção a que já nos foi habituando, num “Back to You” muito ansiado para todos os fãs dos One Direction e das respectivas carreiras a solo. Voltamos a solo bem português e apanhamos o “Pica dos 7” directamente até Gaia, com a voz de António Zambujo e das suas influências alentejanas. Não há melhor forma de juntar a Portugalidade toda em palco. O cartaz encerra com uma banda do norte, com sotaque do norte, com sentimento...do norte. Os Ornatos Violeta continuam a celebrar o sucesso de álbuns dos anos 2000 e sucedem-se os palcos cheios. Sem spoilers, “Ouvi Dizer” que é mais uma noite que ficará na memória.

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