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Cheers Pub & Disco

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Cheers Pub & Disco
Fotografia: Ana Luzia
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A Time Out diz

A discoteca virou pub para turistas. Não é para saudosistas

Jorge Pereira tentou entrar no Frágil duas vezes nos anos 80. Foi sempre barrado à porta. “Havia um acesso muito restrito”, justifica o empresário de 51 anos. “Não é que viesse mal vestido, mas não fazia parte da nata de Lisboa.” Ironia do destino, agora é um dos dois sócios responsáveis pela nova vida da mítica discoteca lisboeta, posta à venda em 2015.

No Bairro Alto já explorava um pub irlandês, o The Corner, no espaço de um antigo “restaurante com fados”. Aí, “90% dos clientes são turistas”, garante. A mesma proeza deverá conseguir neste novo Cheers (não confundir com o bar com o mesmo nome na Charneca da Caparica), um pub e discoteca com imperial a 3€, canecas de cerveja a 5€ e cocktails a 9€. Porquê ter só um pub no Bairro Alto quando se pode ter dois?

Depois de nove meses de obras, do Frágil pouco sobrou. “Só as colunas da casa de banho e a bola de espelhos”, aponta.

De um lado funciona um bar ao estilo inglês, com ecrãs que alternam entre futebol e música dos anos , “um sítio para beber copos com familiares e amigos como na série” – o nome foi escolhido “de uma lista de 150”.

Do outro, há uma pista de dança decorada “ao estilo Hard Rock [Café]”, com um Óscar gigante a tapar um buraco onde dantes estava o ar condicionado e uma mota na parede. “Ainda estamos a organizar a agenda cultural, mas vamos ter DJs, bandas a tocar ao vivo, espectáculos de stand-up comedy e uma agenda eclética”, adianta. “Não vamos estar ligados só a um determinado estilo.”

O Cheers começou a funcionar no início do mês e em breve poderá conseguir licença até às quatro da manhã todos os dias da semana (por enquanto isso só acontece às sextas e sábados). É normal que um dia vá lá parar, como única alternativa para dançar e matar a sede, quando todo o Bairro Alto começa a ir para a cama. “Temos tripla insonorização, testámos em casa dos vizinhos e não se ouve nada.” Boa vizinhança é fundamental e ele sabe do que fala.

Quem tem saudades das noites loucas do antigo Frágil não se vai sentir melhor ao entrar aqui. O melhor é mesmo afogar o saudosismo na extensa galeria de fotos dos anos 80 e 90 disponível online (em fragil.luxfragil.com).

Escrito por
Clara Silva

Detalhes

Endereço
Rua da Atalaia, 126
Lisboa
1200-043
Transporte
Metro Baixa-Chiado
Horário
Seg, Qua-Qui e Dom 17.00-02.00, Sex-Sáb 18.00-04.00
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