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Um dos bares mais bonitos da cidade mudou-se para o Cais do Sodré, mas não perdeu o encanto. Pelo contrário.
Depois de três anos na Rua de São João da Mata, entre Santos e a Lapa, a Alfaiataria teve de encontrar outro espaço porque o prédio onde estava “foi vendido”, explica a dona, Vanessa Vargas. “Só por esse motivo.”
De bar intimista para 40 pessoas – sempre a rebentar pelas costuras – e praticamente museu com máquinas antigas e outras preciosidades ligadas ao corte e costura, a Alfaiataria quadruplicou de tamanho e mudou-se em Outubro para o Cais do Sodré.
“Não era um sítio onde eu me imaginasse”, continua Vanessa, que criou uma proximidade com os clientes do seu antigo espaço, onde em tempos funcionou uma alfaiataria. “O conceito muda a partir do momento em que eu consigo receber mais pessoas. Tenho de pensá-lo de uma maneira diferente.”
A ideia é continuar a manter a “familiaridade” da Alfaiataria antiga mas considerando “uma família enorme”, ri-se, já que a zona atrai muito mais gente.
O novo espaço, uma antiga loja de peças de tractores e afins na Rua de São Paulo, tem arcos pombalinos, um balcão com nove metros, uma zona para dançar e uma sala de jogos com mesa de snooker. “A segunda sala do bar é um espaço dedicado à música, à arte, à poesia e a mais algumas coisas”, continua Vanessa.
Os objectos da antiga Alfaiataria, como artigos de costura que vieram do Brasil e pertenciam à avó de Vanessa, mantêm-se. E algumas novidades. Como um armário do antigo alfaiate que deu nome à casa e que não cabia no espaço anterior.
A partir de Dezembro, as noites de “Playlist à Medida”, uma tradição do bar, vão voltar. A ideia é que um convidado venha partilhar a sua playlist – “o que ouve no dia-a-dia” – mesmo que não tenha nenhuma experiência de DJ.
Rua de São Paulo, 168, Cais do Sodré. Ter-Qui 17.00-02.00, Sex-Sáb 18.00-03.00, Dom 18.00-00.00