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Mercearia Saloia
Fotografia: Gabriell Vieira

A Mercearia Saloia é a nova residente da LX Factory

A Mercearia Saloia, que já enche despensas há sete anos, tem uma nova morada. Mas promete continuar a trazer para Lisboa os sabores de Portugal, de norte a sul do país.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Estávamos em 2014, no rescaldo da crise financeira, quando A Mercearia Saloia assentou arraiais na cidade, na Rua de São Bento, com cafetaria incluída. Agora, em plena pandemia, o negócio das irmãs Rolim inicia uma nova vida: na LX Factory, em Alcântara, já não haverá espaço para degustar os produtos, mas valha-nos o conforto de podermos continuar a levar para casa (ou a mandar vir) os melhores enchidos, queijos, doces e até licores artesanais portugueses.

“Na altura, lembro-me de começarem a aparecer as chamadas lojas gourmet, mas de sentirmos falta, enquanto moradoras, de um sítio mais intímo e bairrista, onde pudéssemos não só comprar pão e frescos como parar para provar”, recorda ao telefone Sara, que confessa ter-se então estreado como empreendedora, apesar da experiência na área da tecnologia e segurança alimentar. “Fomos uma espécie de pioneiras do conceito de mercearia-cafetaria, que ainda não era muito visto em Lisboa.” E foi um sucesso: as pessoas sentiam-se em casa e apreciavam o “poder estar” num lugar com propostas de todo o país, desde o Limontejo, o primeiro “vero” limoncello a ser produzido em Portugal, às manteigas de amendoim ou amêndoa Casca Rija.

Mercearia Saloia
Fotografia: Gabriell Vieira

O novo lar da Saloia, como as irmãs dizem, perdeu a zona de restauração e até a florista Saudade, com quem chegaram a partilhar casa, mas a curadoria mantém-se. A ideia foi sempre trabalhar, por um lado, com marcas que fazem parte da história portuguesa, como as bolachas Paupério e os sabonetes Confiança. E, por outro, com pequenos produtores, com quem se identificassem, como “uma família fantástica de mulheres de Côja”, que produz os doces e licores Donanna, ou a oficina de artesanato do César, em Ermesinde, de onde vêm os brinquedos em madeira que se encontram no acarinhado baú da mercearia. “Já vem da morada original”, partilha Sara, que ainda está a afinar os últimos detalhes na decoração e no stock.

“Estamos a encher as prateleiras, do tradicional ao contemporâneo, com opções de qualidade, que nos dão a experimentar e de que gostamos muito ou que descobrimos por acaso, por exemplo como aconteceu numa viagem a Nisa, onde nos cruzámos com uma charcutaria fantástica, que nos levou a trazer os enchidos de Alpalhão para cá”, revela. “Ainda não temos tudo, como o pão fresco, mas prevê-se pouco movimento, por causa do confinamento, o que nos vai permitir perceber, ao pormenor, o que é que funciona e não funciona.”

Mercearia Saloia
Fotografia: Gabriell Vieira

Por enquanto, arranca-se com calma. E com cabazes à Saloia (15€), que reúnem uma selecção variada de frutas, vegetais e legumes, que varia de semana para semana. As encomendas são feitas até terça e as entregas acontecem sempre às quintas-feiras.

Da antiga mercearia fará falta a sopa do dia à hora do almoço ou as empadas caseiras e os sumos naturais ao lanche. Mas, com um pé no passado e um olho no futuro, Sara assume o compromisso de “tentar elevar sempre a fasquia”, a começar por um atendimento ainda mais familiar e personalizado. Tudo para nos encher a despensa e o coração – dizem que, para lá chegar, o caminho mais rápido é o estômago. E nós concordamos.

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