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Oito chefs, cada um a representar uma região do país, disputaram ao longo de quatro dias o Troféu de Portugal, na sua quarta edição. Filipe Ramalho, chef do Patéo Real, em Alter do Chão, foi o vencedor do concurso que desafia cozinheiros a apresentar um prato que seja um reflexo do lugar de onde vêm. No caso de Ramalho, o cozido de grão à alentejana conquistou o júri, depois de três eliminatórias.
“Estou muito feliz por poder representar a minha região numa competição desta envergadura. E poder levar o troféu para casa é o melhor de tudo”, reagiu em comunicado Filipe Ramalho, destacando como o prato “foi sendo afinado, a cada fase, conforme o feedback do júri”. “O meu objectivo foi sempre potenciar sabores, texturas e aplicar alguma técnica”, acrescentou ainda o chef que começou a competição na segunda-feira contra Rita Magro, à frente da cozinha do Blind, no Porto, e que ainda este ano foi distinguida na Gala do Guia Michelin como jovem chef do ano.
Seguiu-se nas meias-finais, Gonçalo Reguinga, do Tasko D'Adega, em Santarém, a representar o Ribajeto, e que antes tinha vencido Annakaren Fuentes, do restaurante O Pastus, em Oeiras – a chef representava precisamente a região da Grande Lisboa. Competiram ainda nos quartos de final, Cláudio Pontes (Açores), Patrícia Gerardo (Centro), Jossara Martins (Algarve) e Carlos Gonçalves (Madeira).
Foi com Carlos Gonçalves, que preparou um pargo com gamba da Madeira, pil pil e chícharo, que Filipe Ramalho disputou a final em Santarém – todas as provas do Troféu de Portugal integraram o programa da Feira Nacional de Gastronomia de Santarém.
Natural de Portalegre, Filipe Ramalho é filho de pais cozinheiros. Trabalhou no Bistro 100 Maneiras de Ljubomir Stanisic até se mudar novamente para o Alentejo para o Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte, onde chefiou o restarante Basilii. Foi em 2021, porém, que se aventurou num restaurante próprio, o Patéo Real, e começou a dar nas vistas.
Durante as provas, foram tidos em conta critérios como a “apresentação e empratamento”, “sabor e aroma”, “pontos de cozedura e texturas”, “valor económico, execução comercial e harmonia” ou o “acondicionamento de produtos”. O júri foi presidido por Rodrigo Castelo, chef que tem uma estrela Michelin e outra verde no Ó Balcão em Santarém, acompanhado pelos chefs Luís Gaspar (Sala de Corte, Brilhante e Pica-Pau, Lisboa), Margarida Rego, Duarte Eira (Salpoente, Aveiro), Manuela Brandão (Pap’Açorda, Lisboa) e João Sá (uma estrela Michelin no Sála, Lisboa), além da investigadora Olga Cavaleiro (Investigadora).
O concurso Troféu Portugal é organizado pelo Município de Santarém, pela Feira Nacional de Gastronomia e pelas Edições do Gosto. “Foi uma edição bastante rica, em que tivemos revisões de pratos clássicos e leituras em cima de receitas, técnicas e produtos”, apontou Paulo Amado, director das Edições do Gosto.
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