[title]
É o regresso do Alkantara Festival, mostra dedicada às artes de palco que vai percorrer nove salas de Lisboa, entre os dias 14 e 23 de Novembro. Entre produções nacionais e estrangeiras, os espectáculos são apenas uma parte do programa, que vai incluir também workshops e conversas. Durante dez dias, o festival vai passar pela Culturgest, o TBA, CCB, o Centro de Arte Moderna Gulbenkian, a Sala Valentim de Barros, as Galerias Municipais de Lisboa, a ZDB 8 Marvila, o MAAT e as Carpintarias de São Lázaro.
Pela primeira vez, o São Luiz não será um dos palcos do Alkantara. A organização dá nota da longa relação com o teatro municipal – de 2006 a 2024 –, e informa, através de comunicado, que este deixa agora de ser co-produtor do festival.

O espectáculo de abertura é Umuko, de Dorothée Munyaneza, artista que no ano passado venceu a primeira edição do Salavisa European Dance Award. O prémio, criado pela Fundação Calouste Gulbenkian em colaboração com outras seis instituições artísticas europeias, tem como objetivo distinguir artistas de todo o mundo que “demonstrem talento ou qualidades especiais que mereçam ser mais conhecidos para além das suas fronteiras nacionais”, indica a organização do festival em comunicado.
Artista britânica, nascida no Ruanda, Munyaneza tem-se destacado nos papéis de bailarina, coreógrafa, actriz e cantora. Em palco estarão cinco jovens artistas ruandeses – bailarinos, músicos e poetas –, numa celebração da criatividade, audácia e da liberdade da geração que sucedeu ao genocídio da população tutsi, em 1994. Depois de abrir o Alkantara, na Culturgest, o espectáculo segue para o Teatro Municipal do Porto, para se apresentar nos dias 21 e 22 de Novembro.

Embora a programação só seja revelada na íntegra em Outubro, o festival deu a conhecer esta semana alguns dos destaques desta edição. Entre eles está Violetas, espectáculo que Vânia Doutel Vaz traz pela primeira a Lisboa, mais concretamente ao Teatro do Bairro Alto. Descrita como "uma peça íntima de dança", vai contar com cinco intérpretes em palco, "num ambiente minimalista e sem música". Esta é a primeira peça de grupo criada por Vânia Doutel Vaz, bailarina e coreógrafa angolana, nascida em Setúbal.
No CAM, também a italiana Chiara Bersani se estreia a coreografar no colectivo. Depois de anos a criar peças a solo, reúne "um coro de corpos não normativos" em Michel – Os animais que sou, espectáculo comissariado pelo Alkantara e pelo próprio Centro de Arte Moderna Gulbenkian. Com três intérpretes em cena, a coreógrafa pretende "criar trajectórias onde artistas com deficiência possam crescer, trabalhar e ser vistos." Uma peça inspirada no pianista de jazz Michel Petrucciani, com quem Bersani partilha a condição genética – a osteogénese imperfeita.

O último destaque adiantado pela organização vai para María del Mar Suárez, também conhecida como La Chachi. A coreógrafa andaluza vai pisar o palco do Centro Cultural de Belém. Embora o flamenco seja o seu território natural, a sua linguagem própria é conhecida por fundir ainda teatro físico e dança contemporânea. No caso de Os intransponíveis Alpes, à procura do Currito, espectáculo que vai trazer a Lisboa, o flamenco vai cruzar com estilos bem mais urbanos, como o krump e o voguing, acompanhados ao vivo por dois músicos e uma cantora.
Vários locais. 14-23 Nov. Bilhetes a anunciar
🏡 Já comprou a Time Out Lisboa, com as últimas aldeias na cidade?
🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp