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David Murray Quartet
© Francesca Cinelli Murray David Murray Quartet

Amadora Jazz traz David Murray a Portugal (e celebra duplo centenário)

Os Recreios da Amadora, o Cineteatro D. João V e o Auditório de Alfornelos voltam a receber o festival entre os dias 9 e 12 de Maio.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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O novo quarteto de David Murray e o Fado Jazz de Júlio Resende são alguns dos destaques da 12.ª edição do Amadora Jazz. O festival realiza-se entre os dias 9 e 12 de Maio, com concertos nos Recreios da Amadora, no Cineteatro D. João V e no Auditório de Alfornelos. Em linha com as comemorações dos 100 anos de Luís Villas-Boas, dos 100 anos do jazz em Portugal e dos 50 anos do 25 de Abril, a programação procura “atrair a atenção nacional e posicionar a cidade como um destino imperdível para os amantes do jazz”, lê-se em comunicado da autarquia, que volta a contar com o apoio da associação Jazz ao Centro Clube e da Égide – Associação Portuguesa das Artes.

Esta edição “reflecte o legado de Abril, fazendo incluir, na sua programação, dois concertos de artistas portugueses – Isabel Rato e Júlio Resende – que lidam directamente com a herança sociocultural daquele que foi um momento determinante da sociedade portuguesa contemporânea”, aponta o director da Jazz ao Centro Clube, José Miguel. “Por outro lado, o Amadora Jazz procura manter e consolidar a sua trajectória enquanto momento relevante na oferta cultural do concelho e da Área Metropolitana de Lisboa, interpelando públicos que, sendo conhecedores ou simplesmente curiosos, poderão identificar no festival a marca de uma programação cuidada e distintiva, que junta artistas de diferentes proveniências e percursos, permitindo o acesso à realidade viva do Jazz.”

O primeiro concerto está marcado para 9 de Maio, às 21.00, nos Recreios da Amadora, com o quinteto de Isabel Rato. A pianista, compositora, arranjadora e produtora portuguesa vai apresentar o seu novo Vale das Flores, o quarto disco em nome próprio. A acompanhá-la, estarão João David Almeida (voz), João Capinha (saxofones), João Custódio (contrabaixo) e Alexandre Ferreira Alves (bateria). Segue-se, no dia 10, às 21.00, no mesmo local, um concerto de Júlio Resende, com o seu ensemble Fado Jazz. Vão ouvir-se as músicas do disco Sons of Revolution (2023), entre outras, com Bruno Chaveiro na guitarra portuguesa, André Rosinha no contrabaixo e Alexandre Frazão na bateria.

Ainda no dia 10, mas no Auditório de Alfornelos, pelas 23.00, o trio Lokomotiv de Carlos Barretto (contrabaixo), Mário Delgado (guitarra) e José Salgueiro (bateria) reúne-se com o saxofonista Ricardo Toscano, que no ano passado se juntou à histórica formação para gravar o álbum 25 em quarteto. São essas composições originais que se propõem a apresentar em palco, em jeito de celebração dos 25 anos de actividade, marcados pelo eclectismo e a “flexibilidade estética”.

Já no dia 11, voltamos aos Recreios da Amadora para ouvir David Murray, prolífico e multifacetado músico e compositor americano que, em 1976, juntamente com Oliver Lake, Hamiet Bluiett e Julius Hemphill, criou o World Saxophone Quartet, formação absolutamente fundamental na historiografia do Jazz. O seu novo quarteto, estreado em 2023, junta-o a três jovens músicos escolhidos a dedo pelo próprio: Marta Sanchez (piano), Luke Stewart (contrabaixo) e Russel Carter (bateria).

No último dia de Amadora Jazz, 12 de Maio, é o Cineteatro D. João V que abre portas, para um concerto de entrada livre, mediante levantamento de ingresso e limitada à lotação da sala. Em palco, o GeraJazz, um projecto dedicado ao jazz que nasceu no seio da Orquestra Geração, que se inspira no Sistema Nacional de Orquestas y Coros Juveniles e Infantiles da Venezuela, e conta com a direcção artística do maestro e professor Eduardo Lála.

A programação paralela inclui a inauguração da exposição de pintura “100 anos de Jazz em Portugal”, do artista plástico Xico Fran, a apresentação do livro Luís Villas-Boas, o pai do Jazz em Portugal, de João Moreira dos Santos, e ainda a actuação do sexteto Syncopators, que recria a música do primeiro grupo de jazz norte-americano a tocar em Portugal, em 1927. Pensada pela Égide, acontece no Cineteatro D. João V e é de entrada gratuita, limitada à lotação da sala.

Os preços dos concertos pagos vão dos 10€ aos 20€. Os bilhetes podem ser comprados em breve na Ticketline ou, duas horas antes do início dos espectáculos, nas respectivas salas.

Vários locais (Amadora). 9-12 Mai. Concertos pagos: 10€-20€. Concerto e programação no Cineteatro D. João V: Grátis

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