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Sexta-feira, e pela primeira vez, Ana Malhoa promete a noite mais turbinada da história do Trumps. Falámos com o gerente da discoteca, coreógrafo do último videoclipe da cantora.
Ana Malhoa já tinha historial em festas LGBT em Lisboa. Em Dezembro de 2014, era a estrela da festa Soft Porn, no Teatro do Bairro, que um ano mais tarde trazia Cicciolina à cidade e depois dissipava-se da movida arco-íris alfacinha. Pelo contrário, Ana Malhoa nunca saiu de cena.
No fim-de-semana passado foi uma das convidadas do primeiro aniversário da festa semi-secreta Revenge of The 90s, ao lado de outros nomes populares dos anos 90 como Anjos ou Santamaria. Só que o repertório da cantora de 38 anos vai muito além da canção do Buéréré, programa que começou a apresentar quando tinha apenas 15 anos.
Na pista pop do Trumps, por exemplo, há músicas de Ana Malhoa tocadas “todas as noites”, diz Marco Mercier, responsável pela discoteca gay mais popular do país. Por exemplo, “Bomba Latina”, “Encaixa” ou mesmo “Ampulheta”, lançado o ano passado, com coreografia do próprio Marco. “Há muito tempo que já a queria ter no Trumps, pela artista pop que é, a única mulher pop que temos em Portugal a cantar num género um bocadinho mais mexido e virado para uma discoteca”, explica Marco. “Fui convidado para coreografar o vídeo da ‘Ampulheta’, e nessa altura falou-se em fazer um pequeno showcase no Trumps.”
Afinal o que tem a ver a comunidade LGBT com Ana Malhoa? “Tem a ver com a liberdade e a imagem livre e solta de preconceito que ela tem”, diz Marco. “Ela acabou por sofrer também, através dos media, de preconceito pela imagem dela e é uma história um bocadinho paralela. A liberdade e a extravagância da Ana Malhoa têm alguma ligação à comunidade.”
A festa com Ana Malhoa foi anunciada nas redes sociais do Trumps com pouca antecedência (no domingo), até porque a ideia é ser uma “surpresa grande”. “Vai ser a ponte entre a festa pop que tínhamos, que vai acabar esta semana [a Pop University], e as festas da Eurovisão que vão começar na semana seguinte, sempre com live-acts”, adianta Marco.
Na próxima semana, a convidada vai ser Catarina Pereira, que participou no Festival da Canção em 2010 e 2014 e ficou em ambos em segundo lugar. Na sexta, Ana Malhoa vai cantar algumas músicas (por volta das duas e meia/três da manhã) e vai estar disponível para autógrafos – e provavelmente selfies na pista. Filha da Mãe será a DJ da noite, ao lado de MCDJ. A casa promete encher ainda mais, mas os bilhetes compram-se à porta.
Sexta, 00.00-06.00, no Trumps. Rua da Imprensa Nacional, 104-B. 12€ com oferta de duas bebidas.