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'Arrested Development' regressa à Netflix

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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Cinco anos depois da quarta temporada e quase 15 depois da estreia, em 2003, Arrested Development está de volta à Netflix.

Foram exibidos 53 episódios de Arrested Development entre Novembro de 2003 e Fevereiro de 2006, nos Estados Unidos. Três temporadas, ou melhor, duas e meia, antes de a série ser cancelada sem cerimónias pela Fox. Chegava ao fim uma das mais brilhantes comédias americanas. Ou não. Em Maio de 2013, quase dez anos depois da estreia do primeiro episódio, uma quarta temporada chegou à Netflix. Foi uma das primeiras produções originais do serviço de streaming. E agora, cinco anos mais tarde, chegou a quinta, cujos primeiros oito episódios foram disponibilizados na terça-feira. Os outros oito saem daqui a uns meses.

A história, no entanto, não é assim tão linear. Tal como a quarta temporada não era linear. Arrested Development sempre foi uma sitcom pós-moderna e com tendência para quebrar normas narrativas, mas na quarta temporada o criador Mitchell Hurwitz levou isto mais longe. Explorando as possibilidades abertas por serviços de streaming como a Netflix, o facto de todos os episódios estarem disponíveis online no mesmo dia, e dado que foi difícil reunir os actores no mesmo sítio durante muito tempo, dividiu a época em 15 episódios que podiam ser vistos em qualquer ordem e centrados apenas num par de personagens de cada vez. Essa ousadia valeu-lhe muitas críticas.

É claro que sempre houve quem defendesse a quarta temporada com unhas e dentes, mas foram mais as pessoas que a criticaram. Foi talvez por isso que, no início do mês, Hurwitz decidiu fazer um remix da temporada, que actualmente é apresentado como a versão definitiva na Netflix. Em vez de 15 episódios um pouco maiores há 22 mais  breves, e os eventos são apresentados por ordem cronológica.

E a quinta época, que acaba de se estrear, está ainda mais próxima das três primeiras do que esta nova versão da quarta. Mesmo que não seja tão hilariante como as anteriores, o elenco – Jeffrey Tambor, Jessica Walter, David Cross, Jason Bateman, Will Arnett, Portia de Rossi e Michael Cera são alguns dos principais nomes – continua a ser fenomenal e a revelar uma química rara.

A série sempre foi altamente auto-referencial e intertextual, mas agora as alusões a piadas de anos anteriores parecem mais óbvias, ou pelo menos mais frequentes. Não que haja mal nenhum nisso. Sobretudo quando algumas das piadas, como a construção de uma muro entre o México e os Estados Unidos ou a necessidade (e rentabilidade) de valorizar da privacidade neste tempo de redes sociais, se revelaram tão prescientes.

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