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Brad Pitt entra na Fórmula 1 ao volante de um orçamento astronómico. Ganhará a corrida das bilheteiras?

Em ‘F1’, Brad Pitt interpreta um antigo piloto de Fórmula 1 que regressa às pistas. Lewis Hamilton é um dos produtores e o filme teve a participação de todas as actuais equipas e pilotos da modalidade. Estreia a 26 de Junho.

Escrito por
Eurico de Barros
F1
DR
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A Fórmula 1 tem produzido muito mais documentários do que filmes de ficção. Recordemos apenas, na primeira categoria, e feitos especificamente para cinema, Weekend of a Champion, de Roman Polanski (1972), que segue o antigo Campeão do Mundo Jackie Stewart no fim-de-semana do Grande Prémio do Mónaco de 1971 (e que ganharia, ao volante do seu Tyrrell), e o magnífico Senna, de Asif Kapadia (2010), sobre Ayrton Senna. Mas há também bons exemplos de filmes não-documentais ambientados no Grande Circo da Fórmula 1, caso do clássico Grande Prémio, de John Frankenheimer (1966), cujo enredo sentimental está algo datado, mas que tem imagens únicas da Fórmula 1 na década de 60, contou com a participação dos pilotos e das equipas de então e está ainda, em termos das sequências de competição, tecnicamente à altura do que é feito hoje, sem a menor dúvida.

Juntam-se a este Um Momento, Uma Vida, de Sidney Pollack (1977), em que Al Pacino faz o papel de um piloto de Fórmula 1 (que corre na equipa Brabham, então patrocinada pela Martini) que desiste inesperadamente da competição após a morte do seu parceiro num terrível acidente durante um grande prémio na Europa; e, é claro, Rush – Duelo de Rivais, de Ron Howard (2013), considerado por muitos como o melhor filme de Fórmula 1, que recria, com algumas liberdades dramáticas justificadas e nunca forçadas, a histórica rivalidade entre James Hunt e Niki Lauda, dois pilotos sobredotados mas com personalidades e feitios opostos, e interpretados, respectivamente, por Chris Hemsworth e Daniel Brühl. 

A este trio acrescenta-se agora F1 (estreia em Portugal dia 26 de Junho), realizado por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick), com argumento de Ehren Kruger (que havia participado na escrita deste). Além de desempenhar o papel principal, Brad Pitt é também um dos produtores de F1, ao lado, e entre outros, do veterano Jerry Bruckheimer e de Lewis Hamilton, sete vezes Campeão do Mundo de Fórmula 1. Pitt personifica Sonny Hayes, um antigo piloto de Fórmula 1 nos anos 90 que desistiu do Grande Circo após ter tido um aparatoso acidente, dedicando-se a partir daí a competir noutras disciplinas automobilísticas. Certo dia, Sonny é chamado pelo seu grande amigo e antigo parceiro de Fórmula 1, Ruben (Javier Bardem), agora dono da equipa fictícia Apex, para ser o mentor de um jovem e promissor piloto desta, Joseph “Noah” Pierce (Damson Idris). 

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Tendo contado com a plena colaboração da FIA, o organismo internacional que, entre outras funções, regula a Fórmula 1, F1 custou mais de 200 milhões de dólares (há quem diga que terá mesmo chegado aos 300 milhões). A produção concebeu um carro para passar especificamente pelos Apex, um Fórmula 2 modificado pela equipa de Fórmula 1 da Mercedes-AMG e pela Carlin Motorsport para parecer da categoria superior. Na sua carroceria há 15 pontos em que foram instaladas câmaras de filmar, para dar assim ao espectador a sensação mais realista e imersiva possível da velocidade de um Fórmula 1 verdadeiro, e ao mesmo tempo, do que é estar ao volante de uma destas impressionantes máquinas.

Para se ambientarem devidamente, Pitt e Idris conduziram, antes do início da rodagem do filme, carros de Fórmula 3 e de Fórmula 2 no Circuito de Paul Ricard, em França. Rodada em vários dos principais circuitos internacionais da Fórmula 1, a fita conta, naturalmente, com a participação de todas as equipas do Grande Circo e dos seus pilotos, interpretando-se a si mesmos, e que foram presenteados com um visionamento privado durante o Festival de Cannes. Resta apenas saber se este F1 com Brad Pitt ao volante e um orçamento astronómico tem qualidades vencedoras em termos de bilheteiras. 

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