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Estação do Rossio, 1975 (pormenor)
Diogo MargaridoEstação do Rossio, 1975 (pormenor)

Brincamos ou colamos cartazes? Esta exposição responde com as paredes do PREC

‘A Revolução em Marcha – Os cartazes do PREC 1974-1975’ inaugura a 19 de Abril e é uma viagem pelo "poema visual" que Portugal se tornou no pós-25 de Abril.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
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"Poucos dias após o 25 de Abril uma 'explosão de visualismo' inundou o espaço público." Chegou na forma de graffiti, pichagens, murais, cartazes, o que houvesse. E é essa iconografia revolucionária que chega, no dia 19 de Abril, à Sala de Referência da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), permitindo um regresso ao PREC (Processo Revolucionário em Curso) e ao país que se tornou, naqueles anos, "num enorme poema visual", nas palavras do poeta E.M. de Melo e Castro. "Todos podiam escrever e escreviam: porque todos sabiam ler e liam", lembrava o escritor.

A viagem proposta pela BNP através destes cartazes tem, assim, a intenção de "mapear de modo anómico uma série de eventos, assuntos, debates políticos e expectativas do período revolucionário em curso". O objectivo é levar o visitante a (re)conhecer o ambiente conseguido pela "produção e colagem massiva de cartazes, em particular nos anos de 1974 e 1975", quando eles foram "o instrumento preferencial de afirmação e consolidação dos novos protagonistas políticos e sociais, partidos políticos, sindicatos, comissões de moradores e de trabalhadores, associações cívicas e de dinamização cultural, etc". Na altura, serviram para afirmar "causas, doutrina e discurso político, esclarecimento, agenda e anúncio de iniciativas", lê-se na página da Biblioteca Nacional. E é a esse mundo que agora se regressa.

Campo Grande, 83. 19 Abr-21 Set. Seg-Sex 09.30-19.30, Sáb 09.30-17.30. Entrada livre

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