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Fotografia: Manuel Manso

Calçada portuguesa reconhecida como Património Cultural Imaterial

A calçada portuguesa foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Uma importante etapa na preparação da candidatura a Património da Humanidade reconhecido pela UNESCO.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Primeiro Portugal, depois o mundo. A Associação da Calçada Portuguesa viu reconhecida pela Direção Geral do Património Cultural a candidatura chamada “Arte e Saber-Fazer da Calçada Portuguesa”, que propunha a inclusão da calçada portuguesa no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial.

A candidatura foi apresentada em Março passado e a associação, em reacção à publicação do anúncio em Diário da República esta quinta-feira, registou “com satisfação” a rapidez do processo. “A conclusão deste processo permitirá a desejada candidatura da Calçada Portuguesa a Património da Humanidade, em cuja concretização a Associação da Calçada Portuguesa está empenhada e que constituirá o seu principal objectivo”, acrescenta em comunicado.

A candidatura enviada não só destacou a arte final, como os artistas, os calceteiros, uma profissão em vias de extinção que precisa de ser salvaguardada. Por exemplo, em Lisboa só 11 calceteiros estão no activo. Em 1927, havia cerca de 400. “A consideração da Arte e Saber-Fazer da Calçada Portuguesa como Património Cultural Imaterial constitui o reconhecimento da importância dos profissionais que constroem e mantêm o chão que pisamos, defende a associação. Uma arte que transporta em si a sensibilidade artística de um povo, que muito contribuiu para marcar a pegada dos portugueses no mundo, que importa proteger, valorizar, promover e Internacionalizar.”

A Associação da Calçada Portuguesa foi criada em 2017 por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa com o objectivo de proteger, valorizar, promover e internacionalizar a calçada portuguesa, enquanto património cultural e factor de identidade de Lisboa (onde nasceu) e de Portugal. Tem como associados a UCCLA, a Assimagra – Recursos Minerais, o Grupo Português da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual, a Universidade de Lisboa e a Câmara Municipal de Porto de Mós.

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