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Câmara de Lisboa aprova protecção dos jacarandás da 5 de Outubro

Projecto de Fidelidade Property terá de ser revisto e relatórios fitossanitários devem ser divulgados de imediato, de forma a assegurar a transparência do processo.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
Jornalista
Projecto para a Avenida 5 de Outubro
DR | Projecto para a Avenida 5 de Outubro
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A proposta de "salvaguarda dos jacarandás da Avenida 5 de Outubro" e de "revisão do projecto da Fidelidade Property" foi viabilizada pelo executivo lisboeta esta quarta-feira, dia 30 de Abril. A decisão vem reconhecer o valor patrimonial, paisagístico e ambiental dos jacarandás daquela avenida, confirmando o conjunto arbóreo como "um elemento a proteger integralmente no quadro da política de estrutura verde da cidade".

O projecto deverá, assim, ser reavaliado, ficando o executivo responsável por negociar com o promotor, com o objectivo de "minimizar e limitar ao máximo possível os transplantes, excluir os abates, excepto em caso da demonstração da indispensabilidade", informou fonte da CML à agência Lusa. Para isso, é necessária a divulgação imediata dos "relatórios fitossanitários, exemplar a exemplar, que justifiquem o abate de jacarandás, repondo a transparência que a CML deve aos seus munícipes". A CML mandatou, assim, serviços técnicos para acompanhar o processo, de modo a garantir o cumprimento dos regulamentos e a salvaguarda do arvoredo.

A proposta agora aprovada foi apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) e viabilizada por todos os membros da oposição. Em comunicado, o BE justificou-a considerando que "a decisão de transplantar 20 e abater outros 25 jacarandás foi tomada de forma opaca", sem a divulgação das informações necessárias e, ainda, "sem ouvir os lisboetas, que apenas tomaram conhecimento por uns lacónicos e efémeros 'avisos' colados nos troncos" das árvores da Avenida 5 de Outubro.

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