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A Capela de Santo Amaro, monumento nacional de 1549, será reabilitada entre 2026 e 2027, sob um investimento de 2,5 milhões de euros, provenientes do Orçamento de Estado e do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural. O protocolo que oficializa a intervenção foi assinado esta terça-feira, dia 22 de Julho, entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a Estamo (empresa que gere o património do Estado), a Património Cultural e a Junta de Freguesia de Alcântara.
O momento é há muito aguardado, já que o edifício se encontra em particular estado de degradação. Antes da pandemia, e depois de outras tentativas de avanço com o projecto de reabilitação, preparava-se a intervenção do monumento nacional. "Finalmente", usando o advérbio empregue pelo vereador da Economia e Inovação da CML, Diogo Moura, parece ser desta.
Governo colabora com autarquias para recuperar património
Na sequência da assinatura de um total de sete protocolos com vista à recuperação de património, que teve lugar no Palácio Nacional da Ajuda, a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, garantiu à agência Lusa o novo modelo de gestão em parceria com as autarquias dará "respostas mais céleres" à situação do edificado nacional. "Foi encontrada uma forma de gestão que é eficaz, colaborativa e sobretudo próxima do território, permitindo dar resposta ao património classificado que há muito precisava de intervenção", referiu, no dia em que se assinaram protocolos abrangendo zonas como Lisboa, Melgaço, Póvoa de Varzim ou Tavira, somando um investimento de três milhões de euros (serão 8,8 milhões até 2030).

Dos sete monumentos que serão alvo de intervenção nesta primeira fase, seis são de cariz religioso. Em curso estará um mapeamento, a nível nacional, do património a precisar de intervenção, bem como das "necessidades do ponto de vista financeiro, técnico e da execução da potencial obra", garantindo-se prioridade às situações mais urgentes, detalhou a ministra.
A Capela de Santo Amaro foi projectada por Diogo de Torralva no século XVI (autor do claustro do Convento de Cristo, em Tomar) e destaca-se não só pelo seu interior de planta centralizada, tectos abobadados e azulejos maneiristas, como pela pela vocação exterior de miradouro sobre o Tejo. Durante a Primeira República, curiosamente, o edifício terá servido de depósito de carvão.
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