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Christiane Jatahy é a Artista na Cidade 2018

Escrito por
Miguel Branco
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A criadora – encenadora e realizadora – brasileira foi apresentada como Artista na Cidade 2018. Temos tempo, de Maio a Novembro, para nos aproximarmos da sua arte.  

Há já algum tempo que o rumor dançava nos corredores dos teatros lisboetas. A ideia começou a firmar-se em Junho, quando o Teatro Nacional D. Maria II anunciou a sua programação para 2017/18 e onde constavam três espectáculos da brasileira. Estranho? Se for a Artista na Cidade não. Só foi agora, mas ainda foi a tempo. Christiane Jatahy é, inegavelmente, uma das mais essenciais criadoras contemporâneas, sobretudo no que ao teatro diz respeito. Ela que em 2016 já havia marcado presença no Alkantara Festival e que agora estreita, efectivamente, relação com Portugal.

Sucedendo a Tim Etchells, Faustin Linyekula e a Anne Teresa De Keersmaeker, Jatahy arranca a programação da iniciativa da EGEAC em Maio, mês em que o Teatro Nacional D. Maria II parece ser seu. Júlia, adaptação de Menina Júlia de Strindberg; E Se Elas Fossem para Moscou, espectáculo criado a partir de As Três Irmãs, de Tchekhov; e ainda A Floresta que Anda, baseado em Macbeth, de Shakespeare, são as três peças apresentadas de 4 a 20 de Maio e inserem-se numa espécie de diálogo com as grandes obras e os grandes autores.

Já em Junho, a artista volta ao Alkantara Festival e ao São Luiz, de 7 a 11 de Junho, para apresentar Ítaca – Nossa Odisseia I, onde mergulha em Homero. A partir de Setembro o teatro começa a perder o foco, e Jatahy orienta a programação do Artista na Cidade para algo mais relacionado com o cinema. Num contentor instalado no Museu de Lisboa vamos poder ver a performance-documentário Moving People, convite feito aos imigrantes da cidade.

Em Novembro, de 8 a 15, e inseridos no Temps d’Images 2018, Utopia.doc e In the Comfort of Your Own Home, filmes com realização de Jatahy, vão passar no Cinema Ideal. No Cinema São Jorge teremos a oportunidade de ver A Falta que nos Move e Fidélio, esta última a filmagem da sua Ópera para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A Cinemateca Portuguesa também se mete ao barulho, apresentando uma série de filmes escolhidos por Jatahy.

Finalmente, e para acabar com a brincadeira, a 24 de Novembro, o São Luiz acolhe a video-instalação A Falta que nos Move, que será apresentada continuamente durante treze horas em três ecrãs e em tempo real. Será uma espécie de festa de encerramento da Artista na Cidade, já que o São Luiz estará aberto das 17.30 às 06.30. Esperemos que copos.

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