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Congresso de Cozinha abre-se ainda mais e põe a saúde no centro do debate

Marcado para 12 e 13 de Outubro, este ano o Congresso de Cozinha muda-se para os Jardins do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras – e vai ser maior. Há novos palcos e umas jornadas de escrita gastronómica.

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
Congresso dos Cozinheiros
DR
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Duas décadas depois de ter começado a olhar para a indústria, o Congresso de Cozinha está maior e mais aberto também. É um momento de diálogo e reflexão para todos os que trabalham na área da gastronomia e restauração, mas também de partilha entre todos os que se interessam por comida em todas as suas formas. Este ano, pela primeira vez, o evento acontece nos Jardins do Marquês, em Oeiras, nos dias 12 e 13 de Outubro. “Uma só saúde” é o tema escolhido. 

“O Nirvana Studios [onde o Congresso tem acontecido] tem sido um sítio muito interessante, gostamos daquele contexto, mas agora vamos para os Jardins do Palácio Marquês de Pombal. Estamos muito expectantes e muito felizes. É um espaço histórico e ao ar livre que se alinha com o tema do evento”, disse Paulo Amado, fundador do Congresso e um dos grandes impulsionadores da gastronomia nacional, relevando que espera mais de 1700 pessoas por dia.

Aberto ao público, mediante compra de bilhete (45€/um dia ou 65€/dois dias), são sempre muitas as conversas, onde há sempre espaço para diálogo com o público, com chefs portugueses e internacionais. Confirmados estão já nomes como Pablo Jesús Rivero, do Don Julio, em Buenos Aires, considerado no ano passado o melhor restaurante da América Latina pelo 50 Best Restaurants, além de Rodrigo Castelo (Ó Balcão, uma estrela Michelin e uma estrela verde), Diogo Formiga (Encanto, uma estrela Michelin e uma estrela verde), Louise Bourrat (Boubou’s), Pedro Pena Bastos, Lara Espírito Santo e George McLeod (SEM), André Cruz (Feitoria, uma estrela Michelin) ou Rita Magro (Blind, uma estrela Michelin). “Não estamos nada fixados em ter figuras que as pessoas acham de topo”, apontou Paulo Amado na apresentação que aconteceu esta quarta-feira na Manja, um espaço que é também seu. 

Para o responsável pelas Edições do Gosto, mais do que chamar chefs sonantes, é importante envolver quem está a fazer coisas no momento para as quais é importante prestar atenção. Não se pode ignorar, porém, como ao longo dos anos muitos chefs relevantes se têm ali apresentado.

Congresso dos Cozinheiros 2023
João Beijinho

A par das conversas e das masterclasses, há espaço também para várias degustações e demonstrações de produtos e pratos, assim como a já muito esperada final do concurso que elege o melhor pastel de nata da Grande Lisboa. A edição deste ano conta, na verdade, com várias novidades, nomeadamente, a nível de distribuição de palcos. Fazendo uso do espaço, o Congresso terá agora quatro palcos: Manja, para as grandes apresentações; Produto, para as demonstrações e provas; Música, “porque estamos lá para aprender, mas também para usufruir”; Nós as Pessoas, para se falar de e com quem faz o sector mexer; e o Colectivo, que nasce do movimento com o mesmo nome e que pretende olhar e pôr-nos a olhar também para a agricultura regenerativa. 

A isto juntar-se-á uma área de exposição e outra novidade: as primeiras jornadas de escrita gastronómica, coordenadas por Paulo Amado e André Magalhães. “Queremos conversar sobre este contexto tão atribulado, arranjar um espaço protegido e fomentar um espaço para pessoas que escrevem sobre gastronomia”, explicou Paulo Amado. “É uma estratégia de partilha e protecção do jornalismo”, defendeu ainda André Magalhães.  

Sobre o tema escolhido para este ano, Paulo Amado quer fazer do Congresso um fórum que aproxime a cozinha de uma agricultura regenerativa, ou seja, uma agricultura que tem como princípio fundamental restaurar a saúde dos solos, promovendo ecossistemas mais resilientes e sustentáveis. “A saúde completa começa na vida do solo”, contextualizou Paulo Amado, defendendo que há “um conhecimento que a cozinha precisa de ter sobre este tema”. “A gastronomia tem um papel na saúde das pessoas. Temos de achar uma ponte para conectar.”

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