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Da Weasel regressam em 2020 no NOS Alive

Escrito por
Inês Garcia
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No último dia do festival, Álvaro Covões, director da promotora Everything is New, anunciou o regresso dos Da Weasel, dez anos depois de terem posto um fim à banda. Os portugueses vão actuar no NOS Alive no dia 11 de Julho de 2020.

Depois de um impasse de espera na conferência de imprensa de balanço da 13ª do festival de música NOS Alive, Álvaro Covões foi buscar uma surpresa: os sete elementos da banda Da Weasel apareceram e anunciaram o regresso.

“É uma actuação exclusiva em 2020, o regresso de Portugal às origens”, anunciou o promotor.

Foi há dez anos que Carlão (então conhecido por Pacman), João Nobre, Virgul, Pedro Quaresma, Guilherme Silva e DJ Glue anunciaram o fim dos Da Weasel. Fizeram-no em comunicado e sem grandes explicações, para surpresa dos fãs. 

O concerto na próxima edição do NOS Alive vai ser assim uma oportunidade única de recordar os anos em que a banda de Almada revolucionou a música portuguesa. "Foi a altura certa. Estávamos todos com saudades de tocar juntos", disse Carlão. "Este é um momento especial, estamos todos emocionados", acrescentou ainda, garantindo que "vai ser um concerto em 2020 no NOS Alive, não um regresso". 

Questionados pelos jornalistas, os músicos explicaram que será uma retrospectiva, uma vez que não há músicas novas. "Vamos analisar o melhor que fizemos. Estivemos aqui no primeiro Alive, em 2007. Mas temos um ano para trabalhar", disse João Nobre. "Vamos trabalhar para fazer um trabalho inesquecível para as nossas famílias e para os fãs que merecem uma resposta da nossa parte", continou.

Os Da Weasel destacaram-se por uma sonoridade própria que aliava o hip-hop ao rock cantado em português. Em 17 anos no editaram seis discos – Dou-lhe com a Alma (1995), 3.º Capítulo (1997), Iniciação a uma Vida Banal - O Manual (1999), Podes Fugir Mas Não Te Podes Esconder (2001), Re-Definições (2004) e Amor, Escárnio e Maldizer (2007) –, um EP e dois DVD ao vivo. 

E deram-nos êxitos como “God Bless Johnny”, “Dúia”, “Agora e para sempre (a paixão)”, “Ressaca”, “Adivinha quem voltou”, “Dou-lhe com a alma”, “Todagente”, “Dialectos de ternura” ou “Tás na boa”.

No balanço da 13ª edição, Álvaro Covões destacou os concertos de Ornatos Violeta, Jorja Smith e Grace Jones, não descurando os clássicos, como os The Cure, e o trabalho de Odeith no Palco Comédia.

“Estamos muito satisfeitos com o Odeith no palco comédia e ficamos ainda mais entusiasmados, porque ele é menos conhecido cá em Portugal do que lá fora.”

Na conferência de imprensa, onde esteve também presente a representante da Sociedade Ponto Verde e se elogiaram as políticas de sustentabilidade do festival, que este ano adoptou os copos reutilizáveis nos bares, foi anunciado que o valor conseguido com esses copos vai ser doado a duas instituições.

O Alive de 2019 teve 16 mil bilhetes vendidos no estrangeiro e abarca já 80 nacionalidades – “Vendemos sempre um bilhete na Coreia, outro no Japão”, contou Covões. O festival mantém-se no Passeio Marítimo de Algés pelo menos mais quatro anos.

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