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Os Óscares vão ter novos critérios de diversidade e inclusão. As minorias étnicas e sexuais terão de estar representadas nas seguintes posições: actores principais e secundários; cargos de liderança e equipas técnicas; estagiários e aprendizes remunerados; criação de públicos, desde a publicidade e marketing até à distribuição. A partir de 2025, apenas filmes que cumpram, pelo menos, dois dos quatro novos padrões de diversidade vão ser considerados na categoria de melhor filme.
"Acreditamos que estes padrões de inclusão serão um catalisador para mudanças essenciais e duradouras no nosso sector”, afirmam o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, David Rubin, e a CEO da Academia, Dawn Hudson, no comunicado de imprensa oficial anunciando a notícia.
Os filmes feitos em 2024 terão de cumprir estes requisitos para se qualificarem para a cerimónia de 2025, mas, até aí, as equipas de cinema terão de enviar um formulário de Padrões de Inclusão da Academia juntamente com o seu pedido para serem considerados para o prémio.
A notícia vem no seguimento da série de reacções negativas que a Academia enfrentou nos últimos anos. Em 2016, perante a ausência de nomeações para actores negros ou minoritários, foram muitas as estrelas que boicotaram a cerimónia e adicionaram combustível ao movimento #OscarSoWhite. O número baixo de mulheres na Academia também tem sido motivo de preocupação, facto que levou a organização a aceitar 819 novos membros este ano – 45% dos quais são mulheres e 36% dos quais não são brancos.
Os prémios BAFTA também introduziram medidas semelhantes no ano passado, exigindo que os filmes cumprissem pelo menos dois dos quatro padrões de diversidade para serem considerados nas categorias de melhor filme britânico e melhor estreia britânica.
Fica por perceber se a mudança chega demasiado tarde, mas uma coisa é certa: a Academia parece estar a cumprir a promessa de fazer a sua parte para trazer maior diversidade a Hollywood.
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