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Do tártaro ao crepe Suzette: Cervejaria Liberdade reabre com os clássicos de sempre

A sala está renovada – saiu o balcão central e entrou um aquário de crustáceos, como em qualquer cervejaria que se preze. Na carta, brilham os clássicos de sempre.

Mauro Gonçalves
Escrito por
Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Cervejaria Liberdade
Francisco Nogueira
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O espaço está cheio de história. Já foi Zodíaco, restaurante que abre no início dos anos 60 e do qual resta a grande tapeçaria no topo da sala; já se chamou Beatriz Costa, em homenagem a uma das mais ilustres hóspedes do hotel, e mais recentemente funcionou como Brasserie Flo, uma lufada de ar parisiense na Lisboa do século XXI.

Desde 2017 que o emblemático salão da Avenida dá pelo nome de Cervejaria Liberdade. Ao fim de mais de dois meses de obras, o restaurante do Tivoli é, finalmente, uma cervejaria que se preze. Saiu o grande balcão que marcava o centro da sala, entrou um aquário de crustáceos que, logo à entrada, diz aos clientes ao que vêm. A montra de peixe fresco tiras-lhes as dúvidas: estamos numa casa dedicada aos peixes e aos mariscos (maioritariamente nacionais), mas onde ainda há espaço mais uns quantos clássicos, que nunca passam de moda.

Cervejaria Liberdade
Hayley KelsingBife tártaro à Tivoli

Falamos dos croquetes de novilho (9€), do camarão ao alho com malagueta e coentros (19€) ou do recheio de sapateira (25€) – isto começando pelas entradas. O bife tártaro à Tivoli (32€) continua a ser dos pratos que mais circula pela sala, preparado como manda a tradição, à frente de quem o vai comer. O arroz de marisco (39€) também continua na carta. A este junta-se agora um arroz de peixe (36€), com salicórnia e limão, nova adição feita pelo chef Miguel Silva.

Chegados às sobremesas, a escolha pode ser dificultada pela quantidade de opções. Ainda assim, ressaltam dois clássicos incontornáveis desta casa – a sopa de morangos (19€) e os crepes Suzette (16€). Mais uma vez, a cozinha de sala entra em acção e a preparação é feita à vista.

Cervejaria Liberdade
Hayley Kelsing

Sem o velho balcão, a sala torna-se agora mais ampla e luminosa, com capacidade para sentar cerca de uma centena de pessoas. O projecto da Martinez Otero apostou ainda em novas peças de conforto – há cadeirões, sofás e divisórias de vidro que mantêm a privacidade das mesas. Também a criatividade de artistas e artesãos foi convocada para a nova versão da Cervejaria Liberdade. Com curadoria de Felipa Almeida, o espaço exibe 50 peças de cerâmica contemporânea e de autor – e todas elas estão à venda.

Além do restaurante, também o pequeno bar à entrada está com nova cara. Funcionava como bar de ostras, mas é hoje um espaço para aperitivos, refeições rápidas e copos de final do dia. Também a pensar nisso, reforçou-se a carta de cocktails. Alguns, homenageiam estrelas da casa, como acontece com o Lurçat, combinação de champanhe, vodka, licor de pêssego e framboesa, ou com o Pirata do Tejo, que junta rum, licor picante mexicano, Chartreuse, ananás e hortelã.

Cervejaria Liberdade
Francisco Nogueira

Os vinhos são outra das apostas da Cervejaria Liberdade. A carta foi reformulada, pelas mãos de um novo director. Jorge Silva fala numa selecção mais sofisticada e atenta a pequenos produtores nacionais. Se a lista o deixar com água na boca, talvez o melhor seja apanhar o elevador do hotel e subir até ao nono andar, onde abriu a 933 Wine & Spirits Collection, uma união de esforços do Tivoli com a Garrafeira Nacional e que quer levar os vinhos e os seus apreciadores até ao topo da Avenida da Liberdade.

Avenida da Liberdade, 185 (Avenida). 21 319 8620. Seg-Dom 12.30-23.30

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