[title]
O Operafest Lisboa & Oeiras regressa em 2025 para a sua sexta edição, de 7 de Agosto a 16 de Setembro. Este ano, sob o signo de “Amores Proibidos”, o tema escolhido para o festival, o maior evento nacional de ópera expande a sua geografia e estreia novos palcos, com destaque para o Convento da Cartuxa, em Caxias, que acolhe ópera pela primeira vez.
O festival, liderado pela soprano Catarina Molder e produzido pela Ópera do Castelo, arranca com uma das obras mais emblemáticas do repertório operático: La Traviata de Giuseppe Verdi, inspirada em A Dama das Camélias de Alexandre Dumas. Com encenação de David Pereira Bastos, direcção musical de Osvaldo Ferreira e interpretação da soprano croata Darija Auguštan, a produção conta com a Orquestra Filarmónica Portuguesa como co-produtora.
O Convento da Cartuxa recebe, a 8 de Agosto, uma Rave Operática que promete romper com as convenções. A festa mistura o universo da ópera com a cultura pop, numa noite com Tó Trips & Fake Latinos, Bateu Matou, DJ Marfox e revisitações de temas de La Traviata, Dido e Eneias e A Flauta Mágica, com a participação de cantores líricos.
Ainda entre os grandes clássicos, Dido e Eneias de Henry Purcell será apresentada na Aula Magna, marcando a estreia da ópera barroca no festival. A tragédia da rainha de Cartago e do herói troiano é interpretada pelos Músicos do Tejo, com encenação do coreógrafo Rui Horta.
Entre os inéditos, destaca-se a estreia nacional de Julie (2005), do belga Philippe Boesmans, baseada em Menina Júlia de August Strindberg. Em cena na Culturgest, a ópera reflecte sobre relações de poder, género e classe, com a mezzo-soprano francesa Julia Deit-Ferrand no papel principal e encenação da alemã Daniela Kerck. A direcção musical é de Bruno Borralhinho, com o ensemble Beyra, numa co-produção com a Artway.
O Operafest continua também a apostar na formação com a Maratona Ópera XXI e workshops dedicados a artistas cénicos, incluindo oficinas de Técnica Alexander com Eleni Vosniadou. Haverá ainda conferências temáticas – uma sobre ópera e literatura, com Paulo Ferreira de Castro, e outra sobre os amores proibidos na ópera, com Rui Vieira Nery – ambas com entrada livre, no auditório do El Corte Inglés.
O ciclo Cine-ópera regressa à Cinemateca Portuguesa com uma selecção de filmes que dialogam com o tema central do festival. Em cartaz estarão La Traviata de Franco Zefirelli, Miss Julie de Alf Sjöberg, O Castelo do Barba Azul de Michael Powell, e O Dia do Desespero de Manoel de Oliveira, assinalando os 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco.
O encerramento dá-se a 12 e 13 de Setembro no Centro Cultural Olga Cadaval, com o regresso de A Flauta Mágica de Mozart, numa versão portuguesa de Alexandre Delgado. A produção, com encenação de Mónica Garnel e um elenco nacional, será filmada para a RTP2, reforçando a componente de divulgação do festival.
Lisboa e Oeiras. 7 Ago-16 Set. 20€-50€
🪖 Este é o nosso Império Romano: siga-nos no TikTok
📻 Antigamente é que era bom? Siga-nos no Facebook