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Pussy Galore
Arlei LimaBen Rix e Ana Fernandes

Esta loja junta vinhos naturais e gelado de banana à roupa nostálgica

Primeiro, Ben abriu a The Wet Patch, na Costa da Caparica. Depois chamou a namorada Ana para ali criar o Pussy Galore, um bar de vinhos naturais e gelado de banana (leu bem).

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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Gelado de banana e vinhos naturais. A combinação pode soar estranha, mas se há coisa que Ana Fernandes não teme é a diferença. “Eu preciso de estar sempre a criar coisas”, diz-nos, atrás do seu pequeno e novo balcão. Está instalado à entrada da loja The Wet Patch, do britânico Ben Rix, uma novidade também na Costa da Caparica. 

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Arlei Lima

Quem vive na zona, e acompanha a sua mudança, sabe que Ana não é inocente no processo. Foi directora criativa do Dr Bernard, de Gregory Bernard, o francês que percebeu cedo o potencial irreverente da Costa, e ajudou ao crescimento do Irmão, na Praia do Castelo. “A ideia agora era ter um espaço meu, que mostrasse a minha criatividade”, conta, revelando também o desejo de maior sossego. O gelado, vegan, é uma receita sua. “Não tem açúcar. Só tem bananas e leite de coco, basicamente é isso. É uma coisa supernova.” Ainda assim, para o currículo de Ana, pareceria pouco inventivo se não lhe juntasse toppings surpreendentes, como azeite, pretzels ou marshmallows, além de outros mais consensuais (granola, fruta, amendoins, caramelo, etc.), servidos numa apresentação bem kitsch. “Eu tenho tantos toppings…”, diz, admitindo que alguns podem ser “bem estranhos”. Garante, no entanto, que “tudo resulta” neste gelado específico de banana – 3,50€/cone ou 4€/copo (cada topping tem o custo de 0,50€, mas há a versão deluxe na taça, 6€, em que tudo é possível). “É salgado, é doce.” Também por isso a aposta nos vinhos naturais. Por que não? 

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“Como vivi em Nova Iorque muito tempo, descobri os vinhos naturais há 20 anos e habituei-me só a beber estes vinhos. É a mesma coisa que beber um sumo de laranja natural e um sumo de laranja de pacote”, justifica. As garrafas, cujos preços podem variar entre os 16€ e os 40€ (algumas disponíveis a copo), não são muitas, precisamente para que possa ir mudando e apresentando novos rótulos. Mas Ana não se fica por aqui. Tem ideias para, mais à frente, ter também comida. E consta que faz uns óptimos hambúrgueres. Com Sophie Lacoste, criou já a Burger Queens, mas por agora só fazem eventos. “Temos uma foodtruck e é preciso pedir licença à Câmara, estamos a tratar disso”, explica. “Eu tenho muitas ideias. O meu mal é esse. Estou sempre com coisas”, ri-se Ana.  

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Ben é receptivo a tudo. Foi também por isso que se mudou para Portugal. “Sempre vi este espaço como um ponto de encontro criativo, onde as pessoas podem conviver”, diz. Abriu a loja há pouco mais de um ano, quando decidiu que queria um espaço para trabalhar fora de casa. “Agora, com a Ana, as pessoas podem vir beber um copo, comer um gelado, relaxar.” Ben, ilustrador e designer gráfico, acabou também a criar uma marca de roupa, que mergulha na nostalgia dos anos 80 e 90, na onda do surf e do skate. Para a colecção mais recente, inspirou-se nos velhos calendários de carteira. “Encontrei-os num mercado e achei que era fixe. Queria fazer alguma coisa de referência a Portugal, mas que também não fosse óbvio.” A peça estrela é uma t-shirt com um logótipo criado por si a dizer Caparica (45€), tudo feito em Portugal. “Tento fazer tudo o mais local possível. Os bordados, por exemplo, são feitos aqui ao lado”, afirma o britânico, antecipando novidades para os próximos tempos. “Quero fazer colecções mais pequenas e ir podendo lançar coisas ao longo do ano, sempre sem cair nos clichés.”

Av. 1.º de Maio, 36 A (Costa da Caparica). Pussy Galore: Qua-Sáb 14.00-21.00. The Wet Patch: Seg-Sex 10.00-18.00, Sáb 12.00-18.00

+ As novidades que estão a mudar a Costa da Caparica

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