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João Manzarra pegou num Antigo Talho e abriu uma loja e restaurante vegano

Escrito por
Inês Garcia
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Não se deixe enganar pelo logótipo com o porco à entrada. A única coisa literal no novo projecto do apresentador de televisão João Manzarra é o nome – isto é um antigo talho. Manzarra entrou no negócio da restauração com o restaurante de petiscos Matateu, carregadinho de boas carnes, mas quando se converteu ao vegetarianismo, em 2014, deixou essa sociedade e começou a pensar noutro projecto que reflectisse melhor as suas convicções e tivesse uma história. “Veganizou” um Antigo Talho, perto do Marquês de Pombal, e abriu-o há uma semana com uma cafetaria para almoços e lanches e loja multimarca, tudo inteiramente vegano.

Inicialmente a ideia era abrir apenas um restaurante, mas devido às características do espaço, cuja imagem e conceito foi criada pelo artista Francisco Eduardo e a parte arquitectónica e de decoração por Joana Astolfi, decidiu montar uma outra solução. “É um espaço cool, leve, com uma vibe que diz que se podia ter e servir qualquer coisa. É bonito, confortável”, diz sobre o projecto que levou três anos a concretizar para que ficasse completamente de acordo com tudo aquilo em que acredita.

A loja multimarca no piso térreo
Fotografia: Manuel Manso

No piso térreo fica a loja, que esteve aberta uns dias antes do Natal para as compras da quadra, com várias marcas portuguesas e estrangeiras sustentáveis. “Eu e o meu irmão, braço direito neste projecto, fomos a feiras internacionais e fizemos uma busca intensiva online para encontrar marcas que se identificassem com este espaço. A prioridade é serem todas veganas, todas com um carácter de sustentabilidade muito forte, em que a maioria dos produtos tenham uma origem orgânica. E tentámos, acima de tudo, contar a história de cada marca e produto”, diz. Têm os cogumelos da Mushi na montra, os ténis da Muroexe, as meias da Solo Socks, as mochilas da Ucon Acrobatics ou as escovas de dentes da Bio4All – ao lado de cada objecto, a história da marca. “Queremos que as pessoas saibam, também, o que estão a comprar. Que percebam porque é que estão a pagar mais. Temos aqui um carácter de educação para o consumo que é importante”, reforça.

No piso de cima fica a cafetaria, com capacidade para 18 pessoas, que segue a mesma linha de cores verde-pastel, com flores a pender do tecto em macramés e apontamentos em madeira, e tem “iguarias veganas capazes de convencer qualquer carniceiro”, garante.

Cuscus de vegetais, especiarias, frutos secos e baba ganoush
Fotografia: Manuel Manso

“Temos uma cozinha muito pequena e limitada então também temos um menu pequeno mas que todos os dias varia”, explica o também apresentador de televisão. Todos os dias há um prato diferente, da responsabilidade de uma equipa comandada pela chef Filipa Ruas, que já tinha estado no Matateu. No dia em que a Time Out visitou o espaço havia cuscus de vegetais, especiarias, frutos secos e baba ganoush, mas também pode calhar caril tailandês ou um pho vietnamita. “Mas sempre completamente vegano. Aqui só entram animais vivos e plantas”, acrescenta.

Bolo de cacau, abacate e nougat
Fotografia: Manuel Manso

O menu tem ainda wraps e quiches (que mudam semanalmente), bolos à fatia, bolas energéticas, sumos, kombucha e cervejas artesanais.

Os menus de almoço variam entre os 10€ e os 13,50€, com sopa, quiche e bebida ou sopa, prato do dia e bebida, respectivamente. Aos fins-de-semana há brunch vegano, com um menu fixo que inclui bowl de aveia, fruta e frutos secos, sumo, café, pastas vegan, tostas, quiche ou tosta de abacate, bolo de banana com esmagada de banana e manteiga de amendoim – “é um dos ex-líbris” – a 12,50€. Pode juntar-lhe opções extra, como o tofu mexido com tomates assados.

Avenida Duque de Loulé, 85 (Marquês). Seg-Sex (loja) 11.30-19.30, (restaurante) 12.00-15.00/16.00-19.30, Sáb-Dom 11.00-16.00.

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