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O que faz de uma cidade segura e confortável para as crianças se deslocarem sozinhas? Ciclovias segregadas, zonas com o limite máximo de velocidade de 30 km/h e a existência das chamadas "ruas escolares", isto é, vias junto a estabelecimentos de ensino com prioridade a peões e ciclistas e onde o tráfego motorizado é limitado. Foram estes os factores considerados na análise ao panorama da mobilidade infantil em 36 cidades da Europa, desenvolvido no âmbito da iniciativa Clean Cities e que envolve 80 organizações, entre as quais a associação Zero, que colaborou com a Kidical Mass, a Ecomood e o Lisboa Possível. No ranking, Lisboa, a única cidade portuguesa avaliada, ocupa o 35.º lugar. Pior do que a capital portuguesa só mesmo Sófia, na Bulgária.
Já os primeiros lugares da tabela geral são ocupados por Paris, Amesterdão, Antuérpia, Bruxelas, Lyon e Helsínquia. Na adopção de "ruas escolares", quem lidera é Londres – que tem 525 ruas sem trânsito automóvel, ou pelo menos condicionado, perto de escolas –, seguida de Milão e Paris (Lisboa não tem nenhuma via nestas condições). Olhando para o número de ciclovias segregadas, a cidade portuguesa ocupa o 31.º do ranking e, no plano da limitação de velocidade a um máximo de 30 km/h, o 32.º.
De Paris a Londres, cidades a mudar depressa
"Cidades há muito na vanguarda da mobilidade urbana progressista, como Amesterdão e Copenhaga, continuam entre as mais bem classificadas, enquanto Paris, Bruxelas e Londres registaram melhorias rápidas que lhes permitiram subir na classificação. Isto demonstra que é possível uma mudança significativa num período de tempo relativamente curto", pode ler-se no relatório da análise.
De acordo com um inquérito realizado em 2023, a maioria das crianças a viver em Lisboa (43,9%) vai para a escola de carro.
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