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Convent Square Hotel
Francisco Romão PereiraConvent Square Hotel abriu em 2023

Lisboa vai ter mais 40 hotéis até 2026

Relatório da empresa CBRE indica aumento do investimento nos segmentos de retalho e hotéis em Lisboa. Luxo e marcas internacionais lideram.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
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Até 2026, deverão abrir cerca de 40 hotéis em Lisboa, totalizando perto de 5000 quartos, o que representa um crescimento de 15% da oferta deste segmento na capital portuguesa. A previsão integra o mais recente relatório da empresa do sector imobiliário CBRE, Real Estate Market Outlook 2024, divulgado a 22 de Janeiro, que também indica que dois terços dos novos espaços de hotelaria serão fruto de investimento estrangeiro, tornando-se a realidade lisboeta "progressivamente alinhada com a do Algarve, onde as marcas internacionais representam 90% das aberturas".

Não indicando números, o relatório sublinha, também, que "o segmento do luxo interessa-se cada vez mais por Portugal". Já em 2023, 45% das transacções envolvendo hotéis aconteceram no segmento do luxo. Ao mesmo tempo, os lucros dos hotéis de cinco estrelas em Portugal aumentaram quase 50%, comparativamente a 2019. Considerando todos os segmentos da hotelaria, Lisboa, em particular, viu os preços crescerem quase 60% desde 2020, situando-se agora a média da noite perto dos 150 euros (em 2020, não chegava a 100 euros). 

A hotelaria parece ser, ainda assim, uma excepção do imobiliário. No ano passado o volume de investimentos caiu quase 50% em relação a 2022, um cenário para o qual a empresa prevê uma viragem a partir deste ano. Motivada pela expectável estabilização das políticas monetárias e pelo "reforço do optimismo na comunidade de investidores, espera-se um aumento de 15% no volume de investimentos em 2024", pode ler-se no mesmo documento.

No quadro global dos investimentos no país, no ano passado, 70% das transacções foram operadas por investidores internacionais, com os fundos imobiliários mostrando-se como os "agentes mais activos", uma tendência que se mantém para este ano, com dois destaques bem delineados, um sectorial e outro geográfico: o retalho e a hotelaria serão os segmentos de maior aposta e o Algarve a região com maior volume de investimentos, logo seguida de Lisboa, que se prevê abarcar 15% das transacções. Sem surpresa, os investidores serão maioritariamente estrangeiros, prevendo-se também uma continuidade quanto às nacionalidades que estão a comprar mais propriedades em Portugal: Reino Unido lidera, seguido dos Estados Unidos. 

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