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Beautique Hotel Madalena Hotel
Duarte Drago

Madalena Beautique Hotel: depois do WC, uma ode à mulher portuguesa

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Faz pouco mais de dois anos que a Avenida Almirante Reis viu nascer o WC Boutique Hotel, um quarto de banho que é na verdade um hotel de charme. Agora é a vez da Rua da Madalena receber o Madalena Boutique Hotel, o terceiro projecto da marca Beautique Hotels, que volta a apostar numa unidade temática. Com 38 quartos e um bar-restaurante, e um investimento de 11 milhões de euros, o novo hotel é inspirado no universo feminino.

Romântico e feminino, o Madalena Beautique Hotel, na Rua da Madalena, estava previsto abrir em 2019. “A Madalena atrasou-se, é uma vaidosa”, brinca a designer Nini Andrade Silva, responsável pela decoração deste hotel, que conta ainda com a assinatura do arquitecto Miguel Saraiva. É uma ode à mulher portuguesa, “à sua irreverência e às suas formas”. 

A temática, forte e vibrante, está presente em todos os espaços, a começar pela fachada do edifício, coberta por azulejos oyster pink num revivalismo propositado dos anos 70, que é também “um aceno à herança de azulejos tão característica da cidade de Lisboa”. No interior, mesmo à entrada, é impossível desviar o olhar do candelabro de cristal, junto à recepção, mas há mais tesouros por descobrir.

Beautique Hotel Madalena

Fotografia: Duarte Drago

“Peças da Madalena”, revela Nini, apontando para uma espécie de baú transparente, onde repousam sapatos de mulher, coloridos e extravagantes, ao lado de um sofá florido, em tons de azul e cor-de-rosa. Não são os únicos pares: há mais saltos altos espalhados pela “casa da Madalena”. Até no tecto, suspensas por cima de uma mesa, se encontram pernas de manequim distintamente calçadas. Por trás desse cenário, “a Madalena”, forrada em papel de parede, observa, provocadora.

A presença feminina é constante e não se limita ao pantone floral com acabamentos em dourado, nem às fardas cor-de-rosa das recepcionistas. Faz-se perceber sobretudo através das peças em exposição, desde os sapatos às malas, jóias e vestuário. “Queríamos dar vida à Madalena, uma mulher dos nossos tempos, que abre a sua própria casa para receber as pessoas”, explica a decoradora, num pára-arranca entre um detalhe e outro, desde os armários vindos de antiquários de Lisboa e da Madeira, de onde é natural, às alcatifas do hotel, com assinatura do seu atelier.

Madalena Beautique Hotel

Fotografia: Duarte Drago

Os quartos – 38 no total – apresentam o mesmo requinte delicado, em tons de laranja, bege, rosa, bordô e verde. Com vistas para a Rua da Madalena ou para o terraço, dividem-se por standard, superior, deluxe ou premium e estão todos equipados com máquina de café e televisão, escondida num espelho enorme à frente da cama. A casa-de-banho, à semelhança dos restantes Beautique Hotel, está separada por módulos: o de duche, o da retrete e o de barbearia e cosmética, onde está o lavatório, neste caso à vista, como um toucador de sonho. “Pensámos em tudo”, garante Nini. “Os sacos dos secadores são bordados à mão e estas secretárias movem-se, para dar acesso às varandas.”

Novamente no rés-do-chão, se lhe apetecer “algo”, em vez de procurar pelo Ambrósio, procure pela Madame, o bar-restaurante do hotel, onde encontrará “receitas de todo o mundo” e uma clarabóia que se assemelha a uma saia, numa alusão directa ao universo feminino. Aberto ao público, com entrada própria, o espaço está ao cuidado do The Table Group, do chef Hugo Landeiro, também responsável pelo pequeno-almoço e o serviço de quarto. Não sendo hóspede, reservar mesa para uma refeição ou parar para um copo é a desculpa perfeita para espreitar a “casa da Madalena”.

Este é o terceiro hotel da The Beautique Hotels, que já detém outros dois hotéis em Lisboa, o Figueira, na Praça da Figueira, e o WC, na Avenida Almirante Reis. O próximo projecto, anunciado no site da marca, é o Dos Reis Beautique Hotel, também na Avenida Almirante Reis, com um investimento estimado em 15 milhões de euros. Segue-se a expansão do WC Hotel, com o aumento do número de quartos através da recuperação de um edifício contíguo, e outras duas aberturas, uma em Lisboa e outra no Porto, a primeira fora da capital.

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