A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Marchas Populares
©José Frade/EGEACMarchas Populares

Marchas Populares de Lisboa são candidatas a Património Cultural Imaterial

A candidatura é promovida pela Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa e conta com o apoio da autarquia.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
Publicidade

As Marchas Populares de Lisboa, momento alto das festas mais emblemáticas da cidade, podem vir a integrar a Lista do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. A candidatura é promovida pela Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa (ACCL), com o apoio da autarquia e das 28 colectividades que anualmente preparam e apresentam as suas marchas em Junho.

A tradição remonta à alta Idade Média, tendo evoluído a partir dos arraiais juninos tradicionais. Reconhecidas como uma celebração festiva e bairrista, as marchas caracterizam-se pela dança em desfile, acompanhada de música, poesia e canto. Os representantes dos bairros participantes, num total de 68 pessoas por bairro, incluem 50 marchantes, porta-estandarte, oito músicos (conhecidos como “Cavalinho”), um par de padrinhos e mascotes, cinco aguadeiros, além do ensaiador e do organizador da marcha de cada colectividade.

“É uma honra termos tido um papel activo na promoção desta iniciativa. A cidade, as suas tradições e também o movimento associativo, merecem toda esta dedicação, que esperamos ver oficialmente reconhecida”, afirma o presidente da ACCL, Pedro Calado, citado em comunicado. “As nossas Marchas”, acrescenta o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, “representam muito da nossa alma e da história da cidade de Lisboa. (...) São nove décadas de uma tradição que tudo devemos fazer para defender, manter e dar o merecido e justo reconhecimento.”

Na mesma nota, o vereador da cultura da autarquia, Diogo Moura, reforça o compromisso em “salvaguardar e valorizar o património cultural”, sem fazer discriminação entre alta e baixa cultura. “Todos contribuem para fazer de Lisboa uma cidade de tradições, de cultura, criativa, que tem como muito relevante a memória e a identidade, construída na diversidade.”

A candidatura agora apresentada implicou uma pesquisa científica de dois anos, liderada pela antropóloga Marina Pignatelli, da Universidade de Lisboa, que incluiu dezenas de entrevistas e observações nas colectividades, bem como a recolha de centenas de documentos escritos, fotográficos e audiovisuais.

Siga o novo canal da Time Out Lisboa no Whatsapp

+ “O Tejo Afinal” é o tema vencedor das Marchas Populares de 2024

Últimas notícias

    Publicidade