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Mariza: “O público mima-me muito”

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
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Mariza termina a digressão mundial na Altice Arena. O concerto está quase esgotado. Correspondemo-nos com a fadista para saber o que esperar deste sábado à noite.

“Acima de tudo gosto de cantar, seja para mais ou menos pessoas, em salas maiores ou mais pequenas, ou até mesmo em festivais.” Mariza não se deslumbra com a casa cheia que vai encontrar, nesta quinta-feira, na maior sala portuguesa.É lá, na Altice Arena, que terminará a digressão do disco homónimo, lançado em 2018, e que a levou a cruzar o Atlântico. “Ter o privilégio de terminar esta World Tour em casa, em Lisboa, é incrível”, diz.

Mariza subiu três vezes ao palco do Coliseu dos Recreios, quatro ao Coliseu do Porto, uma ao Coliseu Micaelense, nos Açores. Esgotando sempre. A Altice Arena é a única alternativa viável? “Não, claro que não. Portugal tem muitas salas incríveis independentemente do seu tamanho”, responde. “Quando apresentei o disco nos coliseus, as datas iam esgotando rapidamente e chegámos aos oito coliseus e pensámos não fazer mais na altura e fechar este ciclo numa sala maior, com um único concerto. E felizmente também já esgotou. O público português mima-me muito.”

Não está esgotado – está quase. Sobram bilhetes para o segundo balcão, sem lugares marcados. O disco, pelo contrário, tem lugar cativo no alinhamento. Mas leva companhia: “Todos os temas que o público espera que eu cante”. “Acima de tudo espero que saiam do concerto com um sorriso, e mais não vou dizer”, antecipa, sem levantar o véu.

Em ano e meio, a digressão passou por mais de 20 países, percorrendo “mais de 200 mil quilómetros” de caminho. Mariza foi da Europa à América, com recepções calorosas a cada paragem. No Brasil, apelidaram-na de “musa da nova música portuguesa”. “Tenho a sorte de ser muito bem recebida por onde passo”, agradece. A voz de Terra diz gostar bastante de “ver as pequenas diferenças entre cada um deles, seja nos países nórdicos, mais contidos, ou no Brasil, mais efusivos”. “O que continua a ser surpreendente é perceber que a música toca as pessoas, mesmo quando não percebem uma palavra de português.”

Primeira portuguesa a ser nomeada para um Grammy Latino, em 2007, Mariza viu este trabalho distinguido como melhor disco da Europa pelos prestigiados Songlines Music Awards 2019. “É sinal que gostam tanto do disco como eu e isso é o melhor reconhecimento”, diz, salientando que os prémios não são o “essencial”, são uma forma de chegar a mais gente. Mariza está já a pensar no próximo álbum: “Existem algumas ideias, estamos a trabalhar num novo disco que há algum tempo sonhava fazer.” E voltar ao fado tradicional, ainda será possível para quem passou a última década a inundá-lo com outros estilos? “É sempre possível. É a minha raiz, a minha base, e será sempre a minha paixão.”

Altice Arena. Sáb 21.30. 20-75€

+ O fado antigo de Camané e Mário Laginha

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