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Melhores cidades para viver: Lisboa com décima maior queda no ranking da Economist

Entre 173 cidades de todo o mundo, Lisboa desce para o 60.º lugar e Copenhaga substitui Viena na primeira posição. Ranking tem em conta estabilidade, cultura, ambiente, saúde e educação.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
Jornalista
Lisbon, Portugal cityscape
Photograph: Shutterstock
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Lisboa caiu do 56.º para o 60.º lugar no ranking das melhores cidades para viver elaborado pela Unidade de Inteligência do grupo da revista The Economist. A análise, que incidiu sobre 173 cidades de todo o mundo, considerando indicadores como a estabilidade, qualidade das infraestruturas, cultura, cuidados de saúde, ambiente e sistema de educação, coloca também Lisboa na cauda da Europa ocidental: em 2025, apenas Atenas, na Grécia, Roma, em Itália, e Edimburgo, na Escócia, apresentaram pontuações inferiores à da capital portuguesa.

Nos antípodas da lista está Copenhaga, capital da Dinamarca, que superou Viena (na Áustria, e ex aequo com Zurique, na Suíça), a campeã da qualidade de vida de 2022 a 2024. "A cidade austríaca superou a sua contraparte dinamarquesa na área da saúde, mas Copenhaga obteve nota máxima em estabilidade, educação e infraestruturas, ficando em primeiro lugar", pode ler-se no relatório. Também se vive bem em Melbourne e Sidney, na Austrália, em Genebra, na Suíça, ou em Osaka, no Japão. Já a cidade que mais subiu no ranking, para a 135.ª posição, foi Al Khobar, na Arábia Saudita, graças ao grande investimento em saúde e educação, com o propósito de reduzir a dependência do país em relação ao petróleo.

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Photograph: Nick N A / Shutterstock.com

Se Lisboa ocupa a 60.º posição, também não há boas notícias para Londres ou Nova Iorque, agora nos 54.ª e 69.ª lugares, respectivamente, com as tensões geopolíticas a pesarem no plano da estabilidade. Não apresentando novidades, Damasco, na Síria, e Trípoli, na Líbia, foram consideradas as cidades menos habitáveis. "Apesar da mudança de regime do ano passado, a capital da Síria continua marcada por anos de guerra civil e não viu nenhuma melhoria na qualidade de vida", lê-se no relatório. Seguem-se Dhaka, no Bangladesh, e Karachi, no Paquistão. Também Kiev, na Ucrânia, está no fundo da lista, no 166.º lugar. No documento não há referências a Gaza.

As dez melhores cidades para viver em 2025
DR (via The Economist)As dez melhores cidades para viver em 2025

Os analistas concluem que, "pelo segundo ano consecutivo, as condições de vida não melhoraram nas cidades ao redor do mundo". "Embora as pontuações nas quatro primeiras categorias [saúde, cultura e ambiente, educação e infraestruturas] tenham permanecido praticamente constantes ou melhorado, os ganhos foram compensados ​​por quedas na estabilidade", destaca-se. É este fenómeno, aliás, que justifica a queda de Viena para o segundo lugar devido aos dois ataques terroristas que aconteceram na cidade – um num espectáculo de Taylor Swift e outro numa estação ferroviária. "Em várias cidades da Europa Ocidental, ataques e ameaças terroristas, bem como uma crescente incidência de crimes e xenofobia, continuam a minar a estabilidade", sublinham os analistas, não esquecendo Teerão (Irão) e cidades de Taiwan e da Índia, onde "as pontuações de estabilidade caíram à medida que a ameaça de conflitos militares se intensificou".

Ainda assim, "a Europa Ocidental continua a ser a região com melhor desempenho em termos de qualidade de vida, tendo alcançado as melhores pontuações em quatro das cinco categorias e tendo sido superada apenas pela América do Norte na área da educação", sublinha o grupo britânico.

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