Notícias

Metro de Lisboa: começa sexta-feira greve de um mês às horas extraordinárias

Sindicatos dizem que greve deverá afectar a final da Liga dos Campeões feminina e as festas dos Santos Populares. Metro responde que vai reforçar oferta.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
Jornalista
Metro de Lisboa
Manuel Manso | Metro de Lisboa
Publicidade

Começa esta sexta-feira, dia 23 de Maio, a greve dos trabalhadores do Metro de Lisboa ao trabalho suplementar e eventos especiais, com uma duração prevista de 30 dias, renovável por igual período, noticiou a agência Lusa. Os sindicatos começaram por informar que a paralisação terá impacto na final da Liga dos Campeões de futebol feminino, este sábado, e nos Santos Populares, mas o Metro garante que irá reforçar a oferta. A greve "não terá impacto no habitual serviço de transporte", pode ler-se no comunicado da empresa enviado às redacções.

"Para a realização da Final da Liga dos Campeões Feminina da UEFA no próximo sábado, dia 24 de maio, o Metropolitano de Lisboa irá desenvolver todos os esforços para reforçar a oferta na sua rede, procurando ajustá-la à procura verificada, dentro dos limites técnicos e operacionais existentes", assegura a Metropolitano de Lisboa. A empresa recomenda, ainda assim, que "as deslocações para o estádio ocorram de forma antecipada ao longo do dia, evitando períodos de maior concentração".

De acordo com Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores não farão horas extra porque exigem o aumento do subsídio de almoço e a redução da carga semanal para as 35 horas. "Em causa está o cumprimento do acordo de empresa e o acordo que a empresa fez connosco no final de Dezembro para levantar uma greve similar relativamente ao pagamento do dinheiro que é devido aos trabalhadores desde sempre, portanto as variáveis remuneratórias [trabalho suplementar e feriados]", declarou a sindicalista.

Outra reivindicação é a reposição dos trabalhadores em falta, porque, "sucessivamente nos planos de actividades e orçamentos", a empresa tem pedido trabalhadores, mas o Governo não responde nas áreas operacionais. Ou seja, "a empresa tem cumprido as suas metas nas áreas de quadros superiores, mas nos operacionais nem por isso".

Numa declaração enviada à Time Out, o Metropolitano de Lisboa afirmar estar "a acompanhar a situação" e privilegiar "o diálogo com as estruturas representativas dos trabalhadores", salientando que há um processo negocial em curso. "O nosso objectivo", adianta a empresa, "é alcançar soluções equilibradas que assegurem a sustentabilidade do serviço público em simultâneo com os direitos dos trabalhadores".

Notícia actualizada às 14.44 e às 16.22 de 22 de Maio de 2025, com as declarações do Metropolitano de Lisboa.

🏡 Já comprou a Time Out Lisboa, com as últimas aldeias na cidade?

🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp

Últimas notícias
    Publicidade