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MiAM: nesta mercearia online é tudo local, sazonal e orgânico

A nova mercearia online de Lisboa promete zero desperdício e máxima frescura.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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O sonho era abrir uma mercearia de bairro, mas o mundo trocou-lhes as voltas. Com a pesquisa já feita e muita vontade de pôr as mãos nos frescos, Raphaële Lewi-Leveel e Mathieu Fourmont abriram uma mercearia na mesma, só que online. Chama-se MiAM (“nham nham”, em francês) e destaca produtos portugueses, sazonais e orgânicos, vindos de quintas locais. As entregas ao domicílio, apenas disponíveis em Lisboa, são feitas por uma empresa de tuk-tuks eléctricos, às quartas e sextas-feiras à tarde.

“Sou francesa, mas fiz parte dos meus estudos na Católica e sempre quis voltar para Lisboa”, confessa ao telefone Raphäele, que voltou mesmo, em Setembro do ano passado, acompanhada por Mathieu, parceiro na vida e no negócio. “Queríamos abrir uma mercearia só com produtos locais e orgânicos, mas de repente entrámos em confinamento, por causa da pandemia. Quando começámos a ver as mercearias a definhar e as filas às portas dos supermercados, decidimos lançar um serviço de entregas ao domicílio.”

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A funcionar desde Abril, a MiAM aposta sobretudo em frescos – como ovos, legumes, frutas e aromáticas biológicas – de produtores da região de Lisboa, que praticam agricultura sustentável e orgânica. “Fomos à procura dos melhores, conhecemos muitas pessoas nos mercados ao sábado, quisemos conhecer as quintas, perceber se tinham os mesmos valores. Os nossos parceiros encontram-se todos num raio de 150 quilómetros em torno de Lisboa e não temos stock, por isso não há qualquer desperdício”, garante Raphaële, que faz a recolha dos produtos todas as manhãs de quarta e sexta-feira. “As entregas ao domicílio são feitas à tarde, pela Tuk on Me, uma empresa de tuk-tuks eléctricos. Mas os clientes têm de fazer a sua encomenda até às 17.00 do dia anterior.”

Além de frescos, a oferta inclui ainda pão, farinhas e mercearia doce e salgada, desde amêndoas beirabaga (4,50€) e mel multiflor de Casa da Caldeira (5,80€) até arroz carolino Ronaldo (2,40€-3,60€) e cristais de sal puro Rio Maior (3,50€). “Temos estado atentos ao feedback dos nossos clientes e a fazer novas parcerias. O nosso pão, por exemplo, tem certificação biológica e é da Moon Boulangerie, uma padaria artesanal francesa, em Setúbal. Estamos já a trabalhar para termos também azeite e quinoa.”

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Convencidos de que há quem prefira investir o tempo de ir às compras noutras coisas, Raphaële e Mathieu já se renderam a esta versão online da MiAM, mas é possível encontrá-los em carne e osso, todos os primeiros sábados do mês, no Farmers Market, promovido pelo projecto Santos Collective no adro da Igreja de Santos-o-Velho. “O que não vendemos nestes mercados é usado para fazer diferentes produtos, como pesto, kimchi e conservas, que depois podem ser comprados na MiAM.”

Sensibilizar para um consumo mais responsável e para a importância de sabermos de onde vêm os produtos que compramos: é esta a missão principal. “Se temos cá, não faz sentido vir do outro lado do mundo. Se é sazonal, sabe melhor e faz-nos mais felizes, porque quando estamos a comer sabemos que depois vamos ter que esperar para o fazermos novamente.”

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