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‘Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final’: Tom Cruise volta a tornar o impossível em possível

No oitavo filme da saga, continuação e conclusão de ‘Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um’, Tom Cruise continua a realizar, na pele do agente Ethan Hunt, uma sucessão de proezas tão inauditamente perigosas como espectaculares.

Escrito por
Eurico de Barros
Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final
Paramount Pictures/Skydance
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É o oitavo filme de uma das séries cinematográficas mais lucrativas da história do cinema (mais de 4,09 milhares de milhões de dólares até hoje), iniciada quase há 30 anos, em 1996 com Missão: Impossível, de Brian De Palma, que adaptava à tela a popular série de televisão de espionagem homónima (1966-73, e 1988-89), vista então em Portugal na RTP. E que, com Tom Cruise no papel principal, o agente Ethan Hunt, da IMF (Impossible Mission Force), e também como produtor todo-poderoso e controlador ao menor detalhe de todos os aspectos da cada filme, se transformou na franchise de acção de referência, solidificando ao mesmo tempo a carreira e a posição na indústria cinematográfica, o poder comercial e o valor nas bilheteiras de Cruise (à beira de fazer 63 anos), uma das últimas verdadeiras estrelas de cinema vivas.

Continuação e conclusão de Missão: Impossível – Ajuste de Contas Parte Um (2023), e de novo realizado por Christopher McQuarrie (ao leme desde Missão: Impossível – Fallout, a sexta fita da série), Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final é, mais uma vez, totalmente construído em redor da personagem de Ethan Hunt. E de uma sucessão de proezas tão inauditamente perigosas como espectaculares realizadas pelo agente, em terra, no ar ou na água, que o próprio Tom Cruise insiste em executar pessoalmente, raramente com recurso a “duplos” e recusando utilizar efeitos especiais, mostrando assim a sua total devoção ao género e à sua tradição de produção, e ao seu público, que nunca quer desiludir, como consumado entertainer que é. 

Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final
Paramount Pictures/SkydanceTom Cruise, Pom Klementieff, Greg Tarzan Davis, Simon Pegg e Hayley Atwell

O mesmo é dizer que, em cada filme da franchise, Cruise arrisca a vida mais do que uma vez. E é sabido que pelo menos um conselheiro de segurança foi já despedido da série Missão: Impossível por ter tentado, com demasiada veemência, dissuadir o actor de protagonizar essas arriscadíssimas sequências, concebidas, construídas e ensaiadas até ao mais ínfimo pormenor. Só um exemplo entre muitos: no filme anterior, Missão: Impossível – Ajuste de Contas Parte Um, os financiadores da produção exigiram que o loucamente acrobático salto de motocicleta dado por Tom Cruise fosse filmado logo no início da rodagem. Assim, em caso de desastre, mortal ou muito grave, a produção seria imediatamente encerrada e o dinheiro retirado. 

Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final começou a ser feito logo após a conclusão da rodagem da primeira parte. Ethan Hunt, a sua colega Grace (Hayley Atwell) e os outros fiéis membros da sua equipa, Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames), continuam a perseguir Gabriel (Esai Morales), que está ao serviço da Entidade, o vilão de Inteligência Artificial que se manifestou na primeira parte e que pretende causar um apocalipse nuclear no mundo, o que levará Hunt e os seus aliados a vários locais do planeta. Em Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final, o mais espectacular e perigoso stunt de Tom Cruise consiste em andar pendurado nas asas de um biplano Boeing-Stearman Model 75 dos anos 30 em pleno voo.  

Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final
Gareth GatrellTom Cruise em 'Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final'

Este poderá não ser, entretanto, o derradeiro filme da saga Missão: Impossível, que deverá continuar. Exagerando ou não, Tom Cruise disse numa entrevista recente que gostaria de interpretar Ethan Hunt “até estar na casa dos 80”. Cruise tem cinco novos filmes no horizonte, e já acabou de fazer um, também de acção, sob a direcção de Alejandro G. Iñárritu, ainda sem título. Segue-se-lhe outra fita, igualmente ainda sem título definido e que será literalmente rodada no espaço, onde nenhum actor foi ainda, o que constituirá assim uma nova estreia e mais uma proeza inaudita para Tom Cruise. 

A produção, apenas referida como Tom Cruise/SpaceX Project, terá um orçamento de 200 milhões de dólares e realização de Doug Liman, que já dirigiu Cruise na ficção científica No Limite do Amanhã (2014). Por agora, vamos contentar-nos em vê-lo tornar mais uma vez o impossível em possível, e voltar a desafiar com sucesso a morte em Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final. Não é ele, afinal, o incontestado herói de acção número um do cinema, hoje mais admirado do que um ausente James Bond e mais credível do que todos os super-heróis dependentes de efeitos digitais da Marvel, DC e companhia?

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