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Almirante Reis
Fotografia: Mariana Valle LimaAvenida Almirante Reis

Moedas faz marcha atrás na ciclovia da Avenida Almirante Reis

A autarquia tinha proposto o regresso à via bidireccional, mas no sentido descendente da avenida. Para evitar “jogos partidários”, o presidente desistiu da alteração.

Raquel Dias da Silva
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Raquel Dias da Silva
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A solução proposta pela Câmara Municipal de Lisboa recuperava a ideia do antigo executivo, uma ciclovia bidireccional, mas no sentido descendente da avenida. Na quarta-feira, 8 de Junho, o presidente, Carlos Moedas, decidiu fazer marcha atrás e retirar a proposta de alteração ao traçado da ciclovia da Almirante Reis. A decisão foi tomada numa reunião privada do executivo camarário.

“Continuo a acreditar que a solução que apresentei é a correcta, mas neste caso é melhor para todos dar um passo ao lado para garantir uma prudente e fundamental serenidade nas discussões importantes para a cidade”, defende Carlos Moedas, em nota enviada à Lusa, após ter decidido retirar a sua proposta para assegurar a continuidade dos trabalhos em curso.

Numa publicação nas redes sociais, o PS na Câmara de Lisboa denuncia o facto da proposta ter sido retirada “a poucos minutos” de ser votada e “um dia depois de ser claro que, mesmo não concordando com o desenho, o PS se abstinha e que projecto podia avançar”. “Dizer que não quer polarizar debate no preciso momento em que sabe que tem maioria, depois de ter passado semanas a acusar oposição de não o deixar governar, é elucidativo sobre os seus propósitos”, lê-se ainda.

Entregue por Carlos Moedas a 30 de Maio, a proposta para que as obras na ciclovia avançassem incluía documentos de suporte à solução provisória para a Almirante Reis, apresentada no final de Março, de retirar metade da ciclovia no sentido ascendente para repor a segunda faixa para automóveis no mesmo sentido. A estimativa orçamental de construção civil e sinalização previa dois cenários: um a custar 290 mil euros, outro cerca de 400 mil.

O objectivo seria, ao libertar o sentido ascendente, “promover uma saída fluída do tráfego do centro para a periferia”, bem como as condições de segurança e conforto para os utilizadores, ao limitar toda a avenida a zona 30 [velocidade máxima de 30 quilómetros por hora]. Mas a intervenção levaria à alteração nos sentidos de circulação junto ao Mercado de Arroios, bem como ao acréscimo de cerca de 60 lugares de estacionamento na zona, o que implicaria a eliminação da faixa bus da Rua Carlos Mardel.

Em declarações à Lusa, fonte do gabinete da vereadora independente Paula Marques disse que, após a retirada da iniciativa do presidente da câmara, a proposta de consulta pública sobre o projecto foi novamente adiada para discussão e votação numa próxima reunião. 

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