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O Frade
Arlei LimaSérgio Frade, Diogo Carvalho e Pedro Frade

Muitas mudanças depois, O Frade procura manter-se igual

Mudou a equipa da cozinha, mudou a carta, mas mesmo assim o restaurante de Belém mantém-se fiel ao que sempre foi.

Cláudia Lima Carvalho
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Cláudia Lima Carvalho
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À primeira visto, tudo parece na mesma, mas a verdade é que houve uma pequena revolução n'O Frade. O espírito, esse, pelo menos, não mudou. A carta já não é a mesma, e o chef também não. Carlos Duarte Afonso, que tinha aberto o restaurante com o primo Sérgio Frade, saiu para abrir o Oitto, e na hora de escolher o substituto, Sérgio foi buscar um filho da casa: Diogo Carvalho. É dele agora a missão de comandar a cozinha e o balcão mais badalado de Belém. 

O Frade
Arlei Lima

O desafio proposto foi o de voltar às origens. Ou seja, fazer uma comida mais de tacho, uma coisa mais sazonal, mudarmos mais a carta, como antigamente”, diz Diogo Carvalho, do lado de lá do balcão. “Já o meu desafio, se calhar, é mostrar mais Portugal em vez de Alentejo. Havia a facilidade do Alentejo porque eles eram de lá, conheciam demasiado bem a região, mas eu sou de uma região que também conheço demasiado bem”, continua, empolgado. 

Diogo Carvalho é de Matosinhos e tem já várias ideias na manga: “Quem sabe não cozinho umas papas de sarrabulho.” Sem medo de arriscar por sentir a segurança de voltar a uma casa onde tanto aprendeu. “Trabalhei um ano e meio aqui n’O Frade. Foi a minha primeira experiência profissional na cozinha de um restaurante pós-curso.” Saiu para o Sem Maneiras, de Ljubomir Stanisic, e estava no Kabuki, quando foi convidado a voltar. 

O Frade
Arlei LimaRissóis de lingueirão

A carta já tem o seu dedo, a começar desde logo pelo rissol especial de lingueirão (5€) nas entradas. Nos principais, há novidades como o rabo de boi estufado com legumes (19€), a feijoada de polvo à Frade (20,50€) ou o arroz cremoso de cogumelos (16,50€). Nas sobremesas, área de especialização de Diogo, houve uma revolução: em quatro, manteve-se apenas a mousse de chocolate com sorbet de coco (5€), destacando-se agora um bolo e gelado de noz (6€) ou um Dom Rodrigo, limão e merengue (6€). 

O Frade
Arlei LimaFeijoada de polvo à Frade

Há um prato, porém, que dificilmente alguma vez sairá da carta. “O arroz de pato (19,80€) mantém-se sempre. É, sem dúvida, o prato que mais vendemos e não conseguimos tirá-lo, até porque é realmente muito bom”, conta Pedro Frade, irmão de Sérgio e director de operações, revelando que o objectivo é criar novidades “para que as pessoas voltem e provem coisas diferentes”, idealmente ao balcão “para ter a experiência completa”. 

A prova disso é que mesmo com a abertura de uma segunda casa, no Time Out Market, o balcão não deixou de ser o foco, ainda que O Frade, no Cais do Sodré, tenha uma esplanada para 42 pessoas. 

Calçada da Ajuda, 14 (Belém). 93 948 2939. Seg-Dom 12.30-16.00/ 19.30-00.00

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