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‘Myanmar Diaries’ conquista o primeiro Tony Elliott Impact Award

O novo prémio vai ser atribuído durante o Human Rights Watch Film Festival, em Março. Foi baptizado em homenagem ao fundador da Time Out, falecido em Julho de 2020.

Margarida Coutinho
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Margarida Coutinho
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Myanmar Diaries
Myanmar Diaries
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O Human Rights Watch Film Festival vai passar a atribuir um Tony Elliott Impact Award a partir da sua 26.ª edição. O prémio, baptizado em homenagem ao fundador da Time Out, falecido em 2020, prevê distinguir o melhor documentário sobre direitos humanos. O primeiro vencedor é Myanmar Diaries, realizado por um colectivo anónimo de realizadores birmaneses que documentou secretamente o regime de terror vivido no país depois do golpe militar de 2020. A cerimónia vai decorrer entre 17 e 25 de Março em formato híbrido, dividindo-se entre Londres e eventos virtuais.

“O Tony era um grande apoiante do cinema independente, assim como um defensor de longa data do Human Rights Watch e do seu festival de cinema anual. Ele teria ficado encantado por ser honrado desta forma”, disse Janey Elliott, a viúva de Tony Elliott, à Time Out. O Tony Elliott Impact Award tem como objectivo apoiar financeiramente os novos realizadores, mas também contribuir para a ampliação da visibilidade do título vencedor.

Myanmar Diaries
Myanmar DiariesO documentário sobre o regime de terror vivido em Myanmar após o golpe militar foi o vencedor do Tony Elliott Impact Award

O prémio foi atribuído por um júri composto por Rufus Elliott, filho do fundador da Time Out, Anna Smith, crítica de cinema, e Phil de Semlyen, editor de cinema da Time Out Global. Myanmar Diaries foi escolhido graças à sua “narração de fazer roer as unhas, criatividade, coragem e direcção artística”. O documentário mostra a dura realidade de Myanmar, antiga Birmânia, após o golpe de estado militar de Fevereiro de 2021. Até agora, estima-se que 1.500 pessoas tenham sido mortas pelas forças de segurança e 11.787 tenham sido detidas por se mostrarem contra o regime. A anterior líder do país, Aung San Suu Kyi, está em prisão domiciliária há quase um ano. Apesar da pressão internacional, o povo birmanês continua sob domínio do regime militar.

Além de Myanmar Diaries, o Human Rights Watch Film Festival vai exibir outros dez documentários que pretendem sensibilizar e alertar os espectadores para temáticas como a situação dos imigrantes no Reino Unido, a violência contra as mulheres no Bangladesh ou a independência judicial na Polónia. Com a situação pandémica ainda por resolver, a direcção do festival decidiu optar por um regime híbrido com a exibição de filmes no Barbican Cinema, em Londres, e online através do site oficial. A programação completa pode ser consultada aqui.

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