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© Bold ReadsDuas das personagens da história criada para apresentar o novo projecto da Penguin Random House Grupo Editorial

Novo projecto da Penguin quer pôr os jovens a fazer “leituras ousadas”

Sorteios, brindes exclusivos e vários eventos literários ao longo do ano. É esta a promessa da Bold Reads, o novo projecto da Penguin para leitores mais jovens.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Estávamos a 4 de Fevereiro quando, pouco depois das 21.30, a Penguin Random House desvendou finalmente o que é a @boldreadspt, que nasceu como uma página de Instagram enigmática, mas é na verdade um novo projecto da editora para incentivar os mais jovens a ler. A apresentação – que estava a ser divulgada desde o final de Janeiro através de fotografias, teasers e vários sorteios online – levou mais de três centenas de pessoas até ao Bubble Time, no Parque das Nações. O evento estava marcado para o piso superior da loja de chá de bolhas, mas a maior parte do público assistiu às novidades através de um ecrã no rés-do-chão. Além de se terem anunciado vários dos próximos lançamentos para um público jovem adulto, como O Primeiro a Morrer no Final, de Adam Silvera, a editora confirmou a vontade de criar uma relação mais próxima com os seus leitores, quer através de mais eventos literários, on e offline, quer de brindes especiais nas pré-vendas e até edições exclusivas, por exemplo com bookplates autografados.

“Estando familiarizado com a cultura asiática e a forma como entende e divulga produtos culturais, tinha uma visão um pouco diferente e dinâmica de como se poderia fazer marketing [de literatura]. Depois de estar um tempo na Penguin e de irmos conversando todos, incluindo sobre as necessidades da editora, percebi que faltava realmente um espaço e um canal onde se pudesse comunicar os livros destinados a um público jovem adulto [entre o final da adolescência e os 25, 30], uma vez que publicamos vários títulos que se enquadram neste género, mas que estão espalhados pelos diferentes selos editoriais, desde a Topseller à Suma de Letras”, diz Rodrigo Manhita, que faz parte do departamento de Marketing e Comunicação da Penguin e assina a direcção criativa da Bold Reads. “É uma forma de fazermos uma curadoria e conseguirmos comunicar através de um único canal títulos com certos valores em comum, como diversidade, inclusão e preocupação social.” Entre os próximos títulos a sair com selo Bold Reads, encontram-se, por exemplo, dois livros de Emiko Jean (Tokyo Ever After e Mika in Real Life), Bloom, de Kevin Panetta, Aquorea Expira: Mundos Secretos, de M. G. Ferrey, e Como o Rei de Elfhame Aprendeu a Odiar Histórias, de Holly Black.

Na página de Instagram da Bold Reads, os leitores não só terão acesso a recomendações de “leituras ousadas”, como a mensagens audiovisuais de diferentes autores, inclusive internacionais, e até a vários “behind the scenes”, com a participação de editores, tradutores e designers. A ideia é desmistificar o mundo editorial e incluir os leitores na conversa. Paralelamente, vão ser partilhados “conteúdos narrativos, que também sirvam o propósito principal, de promoção do livro enquanto objecto de libertação no espaço urbano e no quotidiano das pessoas”. “Estamos a criar uma história – o capítulo 0 foi a nossa maneira de apresentar a página [de Instagram] – e a convidar os leitores a acompanhar estes personagens a libertarem-se de um mundo normativo através de livros irreverentes, que tratam temas tão importantes”, esclarece Rodrigo, antes de relembrar que na próxima sexta-feira, 10 de Fevereiro, será anunciada mais uma “peça do puzzle”, desta vez online.

A editora prevê também organizar, ao longo do ano, diversas experiências literárias e eventos, “tanto para a comunidade se conhecer como para conhecer a editora”. “Queremos criar um sentido de pertença, também para nos darem feedback e fazerem sugestões.” Para breve, está um sorteio do original da capa de Até aos Ossos, o livro de Camille DeAngelis, que deu origem ao filme de sucesso com Timothée Chalamet e Taylor Russell. “Lançámos o desafio ao Duarte Lázaro, de nos propor duas capas diferentes e feitas completamente de raiz. Fomos falando sobre o livro com ele e a empolgação foi crescendo, até que ele sugeriu fazer a capa não em digital, mas numa obra física [em grafitti].” Daí resultaram quatro ilustrações e duas delas foram a votação nas redes sociais: a preferida do público, cujo original será sorteado, virou a capa final e a outra foi aproveitada para um “brinde especial de pré-venda”.

Notícia actualizada às 12.15 de 9 de Fevereiro. De acordo com a editora, estiveram presentes “300 a 400” pessoas no evento de apresentação da Bold Reads.

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