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O Elefante Branco mudou-se, mas o bife “está melhor que nunca”

Escrito por
Clara Silva
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Depois de dois anos encerrado, o mítico clube nocturno alfacinha mudou de morada mas só andou 50 metros no mesmo bairro. Falámos com um dos sócios do novo espaço, um antigo frequentador que diz que o bife está melhor que nunca.

Luís Torres já foi relações públicas do Body Club, já trabalhou no Black Tie, em casas nocturnas como o Pantera e o Déjà-Vu, já foi chefe de sala da pastelaria Colombo e também já trabalhou no antigo restaurante Saraiva’s, “uma referência em Lisboa”. Ao todo são 30 anos de um currículo nocturno que agora ganha um nome com ainda mais peso: o do Elefante Branco. O Trombinhas, como era chamado pelos frequentadores, inaugurado em 1978 (e reinaugurado com outra gerência em 1986), fechou portas na antiga morada na Rua Luciano Cordeiro no fim de 2016. Na altura, Luís Torres e outros dois sócios tinham adquirido um espaço ali bem perto, na Rua do Conde de Redondo, e andavam “à procura de um nome para associar à casa”, conta.

“Por divergências entre os sócios, o Elefante Branco entrou em plano de insolvência e a marca era registada”, conta. “Quando surgiu a hipótese, comprámos a marca. Tínhamos consciência de que era um ícone da cidade de Lisboa, uma casa muito conhecida no meio, e quisemos recuperar o nome que já existia na praça há tantos anos.”

©Ruy Coelho

Foi assim que o antigo Elefante Branco viajou uns “50,70 metros” para se instalar neste novo espaço que abriu portas na quarta-feira passada 
e onde não falta um elefante branco em mármore no hall de entrada, uma escultura feita “de propósito” para o novo clube nocturno por Rogério Abreu.
 A festa de abertura foi por convite e contou com “600 pessoas”, diz Luís, que até então só tinha ligação à casa “como cliente”. No dia seguinte, na quinta-feira, o espaço abriu portas ao seu público normal – que é “bastante transversal, não há um cliente-tipo”, sublinha o novo dono.

O clássico Bife à Elefante Branco regressa à carta e “está melhor que nunca”, garante Luís. “A carne é maturada.” O novo Elefante Branco tem uma sala privada com garagem própria onde podem jantar 12 pessoas. Tem também outra sala com 180 lugares sentados e um balcão com imagens do Kama Sutra talhadas em madeira. Quem é habitué destas casas nocturnas pode reconhecer algumas caras entre as 18 pessoas que ali trabalham agora. Alguns antigos funcionários do Elefante Branco regressaram, um deles com 27 anos de serviço. “Fomos buscar um funcionário a cada casa nocturna deste género, algumas que já nem existem”, conta Luís. “Por exemplo, o Night & Day ou o Mussulo.”

Nesta nova era de Elefante Branco, a casa tem uma página de Facebook onde promove alguns dos seus pratos – “servimos um bacalhau que é digno de nota”, escrevem – e também tem uma página de instagram. O espaço está disponível para ser alugado para eventos diurnos “chave na mão”, como lhes chamam, com catering já incluído.

©Ruy Coelho

 Rua do Conde Redondo, 74 B. Seg-Sáb 21.00-05.00. 21 357 0468.

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