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Freeport expõe obra de arte com 171 metros de comprimento

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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Inaugurou esta quarta-feira no Freeport uma instalação inspirada na ligação de Lisboa ao mar e que cobre uma área de 750 m2. Falámos com o norte-americano Patrick Shearn, o artista.

Portugal era praticamente um mistério para o californiano Patrick Shearn. Especializado em arte pública imersiva, cria instalações cinéticas de grande dimensão que nos lembram da natureza que nos rodeia. E inaugurou esta quarta-feira, ao longo do corredor central do Freeport Lisboa Fashion Outlet, a peça “School of Breeze”, uma instalação site specific com cerca de 50 mil fitas holográficas, 3100 metros de corda, 171 metros de comprimento e três metros de largura, que estará suspensa numa altura que varia entre os 3,5 e os 15 metros. É grande.

Estas instalações, que Shearn chama de Skynets, valeram-lhe reconhecimento internacional após a estreia em 2016 de "Liquid Shark", que transformou uma praça pública subutilizada no coração de Los Angeles num movimentado destino nocturno. Director do estúdio Poetic Kinetics, o californiano defende que o tamanho não conta assim tanto: “Estou muito mais atraído em explorar as condições atmosféricas locais e como elas influenciam o desempenho da peça”, explica, acrescentando que dá sempre o seu melhor para investigar a cultura local e deixar que lhe inspire a criatividade: “Portugal era um mistério. Inicialmente, investiguei as tradições artísticas dos têxteis e azulejos, mas ficou claro que a cultura da pesca e navegação de Lisboa se fundia mais com a natureza feminina e fluida dos Skynets”.

Sublinhe-se que Shearn é especializado em robótica e efeitos visuais, graças a 30 anos de experiência na indústria cinematográfica – encontra-o nos créditos de filmes como Jurassic Park ou Fight Club.

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