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O melhor pastel de nata de Lisboa é da Pastelaria Santo António

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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A Pastelaria Santo António, no bairro do Castelo, ganhou esta quinta-feira o concurso do melhor pastel de nata de Lisboa, promovido pelo festival Peixe em Lisboa, a acontecer no Pavilhão Carlos Lopes até 14 de Abril.

A 11.ª Prova Nacional do Pastel de Nata decorreu esta quarta-feira, 10 de Abril, no auditório do Peixe em Lisboa, o maior festival gastronómico destinado ao peixe e marisco. Numa mesa-balcão, alinharam-se onze caixas de pastelaria, brancas, de todas as formas e feitios, e uma travessa redonda, de cartão dourado. Todas tinham pastéis de nata, mais ao menos do mesmo tamanho, identificados apenas com números, de um a doze. Da prova cega saíram três vencedores: a Pastelaria Santo António, na zona do Castelo (perto do Chapitô), a participar pela primeira vez, ficou em primeiro lugar; a Pastelaria Aloma, em Campo de Ourique, em segundo; e a Pastelaria Patyanne, em Castanheira do Ribatejo.

Fotografia: Manuel Manso

Durante a prova, os jurados observaram, tocaram e provaram os pastéis de nata, para avaliar “aspecto”, “toque da massa”, “sabor e consistência da massa”, “recheio” e o “sabor global”. “O aspecto tem de ser apetecível e bronzeado, sem estar queimado ou esmorecido. É na massa folhada que reparamos primeiro e o que acontece, quando a massa folhada é tão boa, é que se ‘espartiça’ e o creme escorre, o que é fantástico”, disse à Time Out o gastrónomo e criador do concurso Virgílio Gomes, que presidiu ao júri, composto por Maria Urmal (chef pasteleira), Domingos Soares Franco (enólogo), Simonetta Luz Afonso (museóloga), Luís Segadães (presidente do concurso Sete Maravilhas), Isabel Zibaia Rafael (autora do blogue Cinco Quartos de Laranja) e João Bascuinho (médico).

“Os pastéis de nata foram todos provados frios, porque o melhor é aquele que, já arrefecido, continua com a massa a estalar”, acrescenta Virgílio Gomes, ao mesmo tempo que acena a uns e outros. “Este ano houve unanimidade em relação ao primeiro prémio. A seguir apetecia-me que todos fossem classificados com o terceiro lugar, porque não há nenhum com verdadeiros defeitos, apenas pormenores.”

Fotografia: Manuel Manso

João Santos, técnico de pastelaria e responsável pelo fabrico dos pastéis de nata da pastelaria vencedora, explicou à Time Out que o prémio é resultado da “orientação do chef Luís Ascensão e de uma equipa e ambiente espectacular”. Depois, há técnicas. “O mais importante é o equilíbrio entre a massa folhada e o creme”, explica. “A quantidade de creme não pode ser desproporcional à quantidade de massa. É fácil fazer um pastel de nata bonito, com uma massa mais grossa, mas ao comer notamos a impressão no final da garganta.”

A concurso estavam ainda as pastelarias Fidalgo’s, Batalha, Casa do Preto, Panicoelho, Pão da Ribeira, Princesa do Vale, Sena, Tulipa Dourada e Viriato. Os três primeiros classificados deste ano têm entrada directa na competição no próximo ano.

+ A melhor patanisca de Lisboa é de Marlene Vieira

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