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Lisbon by Time Out
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O novo Lisbon by Time Out e a urgência dos refúgios climáticos na cidade

Com o calor já instalado, onde podem os lisboetas abrigar-se das temperaturas extremas? O analista de dados Manuel Banza decidiu fazer um levantamento dos refúgios climáticos da cidade. E ainda há muito por fazer, explica na sexta edição do jornal Lisbon by Time Out, quarta-feira nas bancas.

Vera Moura
Escrito por
Vera Moura
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Todos os anos, na hora de fazer um balanço do que passou, a Porto Editora escolhe uma palavra. Porque as palavras têm um peso, uma responsabilidade e um significado. Não são conjuntos aleatórios de letras, são também interpretação e memória. Em 2022, por exemplo, a palavra do ano foi Guerra. Em 2021 foi Vacina e em 2020 Saudade. Uma palavra por ano, sem ser preciso sequer explicar – quem estava lá compreende porquê; quem não estava, com uma palavra apenas fica a saber como foi. 

Passaram sete anos desde que a palavra do ano foi Refugiado. Aquele que procura abrigo num lugar mais confortável, mais pacífico, mais seguro, mesmo que para isso embarque em viagens alucinantes e ponha a própria vida em risco, escolhendo apenas uma tragédia em vez de outra. A fuga representou o ano de 2015 devido ao incremento de conflitos armados nos países do Médio Oriente, particularmente na Síria, mas não é só a Guerra que pode levar ao abandono do lar e à busca de refúgio. 

Não sabemos ler o futuro nem somos dados a visões, mas Refugiado pode bem voltar a ser a palavra daqui a alguns anos, desta vez devido às alterações climáticas que tantos teimam em ignorar. Aqui mesmo, na Time Out Lisboa, passamos a vida a falar dos Verões longos, das Primaveras quentes e dos curtos períodos de chuva, esses empecilhos para quem quer andar na rua a viver o melhor da cidade. Está errado. A chuva faz falta. Queremos que o Inverno volte a crescer e que as meias estações dêem sinais de vida, como dantes, quando eram meio frias, meio quentes. Não queremos vir a ter de fugir como os refugiados de 2015, numa busca desesperada por refúgios mais confortáveis, mais pacíficos, mais seguros. Mais amenos.

Viver em Lisboa no Verão será, muito em breve, “completamente insuportável”. Quem o diz é Cláudia Reis, investigadora do Grupo de Investigação em Alterações Climáticas e Sistemas Ambientais da Universidade de Lisboa, reagindo ao levantamento que Manuel Banza partilhou com a Lisbon by Time Out sobre as vagas de calor e refúgios climáticos. Ambos alertam para o facto de haver um longo caminho a percorrer na cidade para a tornar sustentável, tolerável, respirável. Vale a pena apanhar a sua boleia para percorrer mapas alternativos desta Lisboa escaldante, que em menos de nada estará a ferver. 

Não, desta vez não estamos a brincar com as palavras, como é nosso costume. É que algumas palavras têm um peso, uma responsabilidade e um significado. Que esta nos sirva de alerta. 

Na nova edição do jornal em inglês Lisbon by Time Out não falamos só de emergências climáticas: conte ainda com uma grande entrevista ao chef José Avillez, agora que finalmente abriu o seu novo restaurante em Cascais, Maré; com a história de Madalena Azeredo Perdigão, a mulher sem medo que mudou para sempre o panorâmica artístico nacional; com a nova edição do POSTER Festival e o que alguns artistas convidados têm a dizer sobre o que vão colar nas paredes de Marvila; e com uma reportagem sobre os animais de estimação que se transformaram nos Relações Públicas mais adoráveis de alguns espaços da cidade, de cafés a lojas. 

Ricardo Mexia, presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, responde às perguntas dos nossos leitores; o cronista gastronómico Ricardo Dias Felner faz uma sentida declaração de amor aos mercados e às bancas da cidade; a norte-americana Margo Gabriel rende-se às esplanadas alfacinhas; e os críticos contam como foi no japonês Hachi Kare-Ya e no clássico Cimas English Bar. 

Quarta-feira, dia 17 de Maio, nas bancas. 

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