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Feira Feita
© DRFeira Feita em Santa Clara

O que é feito da Feira Feita? Está de volta. E maior do que nunca

Mais de 60 artesãos e projectos ocupam as bancas do Mercado de Arroios. Antecipamos o maior evento de compras do mês em Lisboa.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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Lisboa é um caldeirão criativo que ferve a olhos vistos. E não é de agora. Criada em 2018, a Feira Feita nasceu para dar montra a projectos de áreas tão distintas como a cerâmica e a joalharia, a encadernação e a serigrafia. Cinco anos e uma pandemia depois, o evento está de volta. Tem um número recorde de participantes e estreia-se numa nova casa, o Mercado de Arroios.

“Sabíamos que a feira podia ser maior, albergar mais artesãos e autores. O Mercado de Santa Clara já tinha sido dinamizado com muitas iniciativas do género. Fazia todo o sentido ir para um espaço maior e também levar alguma vida ao de Arroios”, refere Bernardo Gaeiras, um dos responsáveis pela Feira Feita, com regresso marcado para os dias 18 e 19 de Março. A quarta edição fez-se esperar. Depois de Setembro de 2019, a pandemia obrigou o evento a adaptar-se à realidade digital. A feira transformou-se numa montra online, abriu-se a ideias e ofícios de toda a Grande Lisboa e ganhou balanço para reunir, num só espaço, mais de 60 projectos.

“O importante é conseguir ter projectos mais consolidados, já profissionais, mas também dar espaço a projectos que possam estar a começar e que consideramos terem qualidade. Não estamos à procura de artesanato, mas de artesãos que peguem nestas técnicas tradicionais e lhes consigam dar uma estética contemporânea, ligada ao design e às artes”, reforça. A variedade é outra das prioridades da curadoria, um processo encabeçado pela FICA Oficina Criativa. Ceramistas, cesteiros, joalheiros, ilustradores, editores, costureiros e marceneiros vão estar debaixo do mesmo tecto e ocupam bancas sem dono, lado a lado com vendedores de frutas, legumes e peixe. Na manhã de sábado, o primeiro dia de feira, juntam-se dois mercados num só.

“A mais presente será a cerâmica e isso tem a ver com o próprio ecossistema da cidade”, adiciona. Projectos como I’m Not Messy I’m Creative, tê.pê Ceramics ou Estúdio Torto dão forma a uma tendência dos últimos anos. Marcas como a Bzugo ou a Luna Home Decor põem o foco sobre a madeira, enquanto Henriette Arcelin, Gonçalo Fialho e Lavandaria levam a ilustração e o design gráfico para dentro do Mercado de Arroios.

“Acho muito importante que uma cidade consiga mostrar a sua originalidade e os seus projectos criativos, que muitas vezes são o que o define. E quando temos uma feira que retrata directamente os autores – e que é demonstrativa da originalidade e da pluralidade que existe –, isso beneficia muito os próprios roteiros turísticos. Depois, também sentimos que existem muitos estrangeiros com os seus próprios projectos criativos. Trazem uma dinâmica própria e muito interessante.”

Por ultimar está a agenda de workshops da Feira Feita. Distribuídos pelo fim-de-semana, vão incidir sobre técnicas como a serigrafia, a cestaria, a cerâmica e a talha. Bernardo assegura que as inscrições deverão oscilar entre os 10€ e os 20€. Durante a manhã, também os mais pequenos terão direito a actividades pensadas para eles, sempre em torno de ilustração e colagem.

Para a quarta edição, que também conta com organização da Câmara Municipal de Lisboa, espera-se uma afluência que faça jus à nova morada. Em 2019, pela última Feira Feita passaram cerca de 6000 pessoas. Faz parte dos planos repetir a dose e quem sabe voltar a montar as bancas por altura do Natal.

Rua Ângela Pinto, 40D (Arroios). Sáb 18-Dom 19. 11.00-18.00. Entrada livre

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