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Veste de vermelho, tem bigodes brancos e já conta seis meses de vida. O novo inquilino do Jardim Zoológico de Lisboa é uma cria de panda-vermelho (Ailurus fulgens), uma espécie em vias de extinção, tão rara quanto curiosa. Se tiver dificuldades em encontrá-lo na sua nova casa, não se esqueça de o procurar nas copas das árvores, uma vez que estes pandas têm comportamentos maioritariamente arbóreos.
Classificada como “em perigo” pela União Internacional para a Conservação da Natureza, a população de panda-vermelho registou nas últimas décadas um decréscimo de 50% de indivíduos no seu habitat natural, as florestas montanhosas do Nepal, da Índia, do Butão, da China e da Birmânia. A perda e fragmentação do seu habitat natural, o comércio ilegal e a exploração de recursos florestais são algumas das ameaças que a espécie enfrenta.
Sendo o único membro da sua família taxonómica, a Ailuridae, o panda-vermelho – que costuma crescer até ao tamanho de um gato doméstico – apresenta características verdadeiramente únicas. Por exemplo, embora tenha um tubo digestivo carnívoro, tem dentição de omnívoro e raramente come carne, preferindo bambu, ovos, insectos e bagas. À semelhança dos pandas-gigantes, tem o osso do pulso desenvolvido, que funciona como um polegar e representa uma grande ajuda para segurar objectos.
Tendo a conservação da natureza como principal missão, o Jardim Zoológico de Lisboa assume-se como uma espécie de “Arca de Noé”, que preserva exemplares de diferentes espécies a fim de evitar a sua extinção. Através do seu Fundo de Conservação, apoia ainda projectos em habitats naturais, para promover a sua recuperação e travar as ameaças a que estão expostos.
Jardim Zoológico de Lisboa, Praça Marechal Humberto Delgado. Seg-Dom 10.00-18.00. 13,78€-21,38€.
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