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Poeiras do norte de África
Fotografia: Cláudia Lima CarvalhoPoeiras do norte de África em Lisboa. Imagem de Arquivo (2022).

Poeiras do Norte de África. O que são? Como nos devemos proteger?

As poeiras do Saara já se notam no céu de Portugal continental. Especialistas aconselham uso de máscara e cuidados extra para quem tem asma.

Raquel Dias da Silva
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Raquel Dias da Silva
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O céu está agora de um tom anormalmente alaranjado, como se alguém tivesse mudado o filtro para a fotografia. O fenómeno, apelidado de “chuva de barro”, está relacionado com as poeiras do Saara que chegaram ao sudeste da Península Ibérica, em Espanha, na segunda-feira. À boleia da depressão Célia, as poeiras em suspensão também já se encontram em Portugal continental e podem ter impacto na qualidade do ar, com efeitos nocivos para a saúde. A Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda o uso de máscara para evitar inalação involuntária de partículas perigosas para o aparelho respiratório.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Portugal, as poeiras são, em geral, provenientes do Norte de África e chegam à Europa devido a ventos fortes que, ao soprarem sobre as superfícies desérticas, levantam do solo as partículas inaláveis mais leves, posteriormente transportadas através da circulação atmosférica.

“Os efeitos mais visíveis são a alteração da cor do céu, visto que as poeiras estão normalmente acima da superfície, embora dependendo da sua concentração possam atingir níveis mais baixos com implicações na qualidade do ar e possíveis impactos na saúde”, lê-se em comunicado do IPMA, que avisa ainda que “é possível ocorrer a deposição das poeiras através da precipitação”.

“Está a ocorrer uma situação de fraca qualidade do ar no continente, com maior expressão nas regiões Norte e Centro, prevendo-se que a mesma se mantenha durante os dias 16 e 17 de Março”, lê-se no site da DGS, onde são partilhadas várias recomendações. A população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a actividade física ao ar livre e evitar a exposição a factores de risco, como o fumo do tabaco. As crianças, os idosos, os doentes do foro cardiovascular ou com problemas respiratórios crónicos, como a asma, devem ter cuidados extra, como permanecer no interior dos edifícios, de preferência com as janelas fechadas.

De acordo com o comunicado do IPMA, a fraca qualidade do ar que se regista neste momento deve manter-se até quinta-feira, 17 de Março. Esta quarta-feira, dia 16, será o dia de maior intensidade do fenómeno. Na manhã de sexta-feira, 18, o céu deverá voltar ao seu tom habitual.

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