A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
rua da betesga, betesga, rossio, rua, turismo, turistas, sol, prédios
Fotografia: Inês Félix Rua da Betesga

Preços das casas estão a estabilizar no centro histórico de Lisboa

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
Publicidade

Os valores praticados no mercado imobiliário registaram uma variação semestral de apenas 0,1%. O que não impede de que os preços estejam num máximo histórico.

O aumento galopante dos preços das casas parece estar finalmente a abrandar em Santa Maria Maior, São Vicente de Fora e Misericórdia. Em cinco anos, estas freguesias do centro de Lisboa viram os valores do imobiliário disparar 106%, atingindo máximos históricos. Mas no primeiro semestre deste ano, face aos últimos seis meses de 2017, esse crescimento ficou-se pelos 0,1%, uma variação residual que aponta para uma estabilização dos preços.

Os números são do Índice de Preços do Centro Histórico de Lisboa, produzido pela Confidencial Imobiliário. Desde que esta empresa especializada em estatística para o sector começou a monitorizar os valores do imobiliário residencial, em 2008, os preços cresceram 68%. Uma percentagem que chega aos 106% (ou seja, os preços mais do que duplicaram) quando o termo de comparação é o mínimo registado no primeiro semestre de 2013.

A variação semestral dos preços está a desacelerar. Antes dos 0,1% verificados na primeira metade de 2018, tinham-se valorizações de 5,9% (entre semestres de 2017) e de 14,4% (comparando o primeiro semestre do ano passado com o último de 2016). Isto está a fazer abrandar significativamente a taxa de variação homóloga (entre iguais períodos de anos consecutivos): há seis meses, esta variação era de 21,1%; agora, é de 6%.

O director da Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, relaciona os cinco ano de subida nos preços das casas com “o crescimento do número de projectos de uso turístico, de comércio e de habitação direccionada para uma gama alta de mercado, além do crescimento da procura internacional”. Mas sublinha, numa declaração anexada ao boletim divulgado nesta quinta-feira, que “a intensidade dessa dinâmica” no centro de Lisboa permitia “antecipar que o ritmo de valorizações fosse progressivamente suavizar”.

O mesmo deverá acontecer com a valorização do imobiliário no resto da cidade, “embora um pouco desfasado no tempo face ao centro”, acrescenta Ricardo Guimarães. No segundo trimestre de 2018, os preços em toda a Lisboa subiram 4,9% face aos três meses anteriores e 21,5% em termos homólogos. Os dados da Confidencial Imobiliário revelam que os valores estão 58% acima de 2007, antes da crise, e em mais do dobro em relação a 2013.

+ Alojamento local travado também na Graça e no Príncipe Real

Últimas notícias

    Publicidade