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Prémios Arco-íris com suspense

Pela primeira vez, os vencedores dos Prémios Arco-íris só serão anunciados no dia da cerimónia. Pode acompanhar a festa da ILGA Portugal, sexta-feira, no Canal Q.

Escrito por
Clara Silva
Prémios Arco-Íris
©DR
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Como manda a tradição, em Janeiro, a ILGA costuma distinguir personalidades e instituições que se destacaram no ano anterior na luta pelos direitos LGBT com os Prémios Arco-Íris. Os vencedores são sempre anunciados antes da cerimónia, mas este ano as tradições e as datas não são para cumprir. A cerimónia acontece só agora, no início de Março, e com um novo ingrediente à mistura: “o suspense.” “Claro que os vencedores já sabem que ganharam”, esclarece Ana Aresta, a presidente da ILGA Portugal, associação que comemora agora 25 anos de vida. Não há cerimónia nem festa (as edições anteriores aconteceram no Estúdio Time Out, no Time Out Market), mas há transmissão televisiva no Canal Q, uma estreia absoluta.

“Achámos que em Março as coisas já estariam melhores, mas a verdade é que tudo se complicou”, continua Ana. A cerimónia iria acontecer no cinema São Jorge, em Lisboa, com público e cumprindo as regras de distanciamento, mas a ILGA teve de pensar numa solução com o novo confinamento. Já tinham feito streamings de cerimónias nas redes sociais, mas num canal de televisão será a primeira vez. Sentem “um friozinho na barriga”, confessa a responsável, mas “está a ser um desafio interessante para a equipa.” Quanto ao suspense, foi uma opção. “Já que temos um novo formato, iremos divulgar as pessoas e entidades premiadas só no próprio dia.”

A presidente da ILGA adianta que serão distribuídos seis prémios. “Sentimos um desânimo muito grande em relação ao que foi o ano de 2020, mas ao mesmo tempo foi um ano que também permitiu expor uma série de fragilidades de dinâmicas sociais. Os prémios centram-se muito nesta exposição de realidades e fragilidades sociais das pessoas LGBTI e em gestos simbólicos que foram acontecendo.” A cerimónia, o “início das comemorações dos 25 anos da ILGA”, terá apresentação de Rui Maria Pêgo e Jenny Larrue (do Finalmente) e conta com actuações de Pipa Marinho e Babaya Samambaia.

Em 2020, os serviços da ILGA (por exemplo a Linha LGBTI ou o Serviço de Apoio Psicológico) receberam “mais pedidos de ajuda do que nos anos anteriores”, sublinha Ana Aresta. A presidente da ILGA gostava que outras datas importantes para a comunidade, por exemplo o Arraial Pride, no final de Junho, pudessem ser comemoradas presencialmente. “Não queremos deixar que 2021 nos atire outra vez para esta lógica muito distanciada e muito pouco física. Queremos marcar esta presença e acreditamos que seja possível, nos moldes em que nos for permitido.”

Canal Q. Sex 21.45.

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