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"A criação de 4300 alvéolos para campismo numa área sensível, com previsões de mais de 17 mil utilizadores regulares, irá agravar a pressão sobre o solo, a biodiversidade e os acessos à praia da Fonte da Telha, que já sofre de sobrecarga", alerta a Quercus, num comunicado divulgado esta terça-feira, 20 de Maio, e citado pela agência Lusa.
Em causa está a possível criação de três parques de campismo na paisagem protegida da Mata Nacional dos Medos e o facto de o Plano de Pormenor dos Novos Parques de Campismo (PPNPC) não fazer parte da Proposta de Plano de Co-gestão da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, que esteve em consulta pública de 14 de Abril a 16 de Maio, preocupando por isso a associação ambientalista.
Além da pressão causada pelo número de utilizadores, a erosão e impermeabilização dos solos, a perturbação da vida de diferentes espécies (como os morcegos) e a destruição de habitats entre a Mata dos Medos e os pinhais da Aroeira são algumas das consequências previstas pela associação. Ao mesmo tempo, dada a fraca rede de transportes públicos no território, o agravamento do fluxo automóvel torna-se muito provável. Os planos em cima da mesa representam, em suma, "uma ameaça para os valores naturais da zona, com impacto estimado sobre 96 hectares de floresta".
Entre outras recomendações, a Quercus pede que "a Mata Nacional dos Medos seja reconhecida como área de protecção integral, assegurando a preservação de um dos últimos refúgios de biodiversidade do litoral sul da Área Metropolitana de Lisboa", de "elevada importância ecológica e científica".
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