Stéphanie Graisier e Yann Rotundo não saíram do lugar, mas pode dizer-se que estão num sítio novo. Quando em 2020, em plena pandemia, abriram na Madragoa o BBB Taste, uma casa de sandes artesanais, talvez não imaginassem que três anos depois revolucionariam tudo para abrir o Maluca, um restaurante com uma carta pequena, mas cuidada, onde praticamente tudo é feito em casa. Uma ideia, para alguns, maluca, lá está. Se durante a pandemia as esplanadas proliferaram pelas cidades, numa medida que pretendia também apoiar a restauração, muitas acabaram por desaparecer entretanto, por culpa das licenças que não foram renovadas. Foi o caso do BBB Taste. “Tivemos que repensar”, diz Yann Rotundo, para quem era evidente que não seria a mesma coisa servir sandes numa sala que não é muito grande. “E a verdade é que já tínhamos esta ideia”, confessa o cozinheiro. “A nossa cozinha não tem origem, somos muito influenciados pelos produtos, pelo que descobrimos da época”, confessa, explicando o esforço feito para trabalhar apenas com produtos nacionais. Veja-se o exemplo do coração de burrata (12€), vindo da Ortodoxo, na Arrábida, servido com nectarina, pistáchio e croutons, dos cogumelos ostra da Nam com creme de aipo e amêndoas, cobertos com trigo sarraceno crocante (12€), ou do peixe curado do dia (aquando da nossa visita era encharéu), habitualmente vindo dos Açores, com puré de batata doce, pickles de cenoura e um vinagrete de kombucha de cenoura (15€). Para acompanhar, destacam-se os vinhos naturais.
Maluca
A Time Out diz
Detalhes
Discover Time Out original video